Bolsonaro volta prestar depoimento à PF, agora sobre golpe de Estado

Arquivado em:
Publicado Quarta, 12 de Julho de 2023 às 16:10, por: CdB

Seus interrogadores têm conhecimento de que são muitos os planos golpistas revelados no entorno do ex-presidente. Não por acaso, o principal auxiliar de Bolsonaro esteve na CPMI do 8 de Janeiro nesta terça-feira, onde foi questionado sobre outra articulação – dessa vez de militares – para impedir Lula (PT) de assumir seu terceiro mandato.


Por Redação - de Brasília

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve na sede da Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira, para prestar seu quarto depoimento desde que voltou ao Brasil, em março deste ano. Os investigadores da PF agora miram a trama golpista exposta pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES), com participação do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e suposta anuência do ex-mandatário neofascista.

jair.jpg
Jair Bolsonaro (PL) é alvo de mais de 10 inquéritos na Polícia Federal


Seus interrogadores têm conhecimento de que são muitos os planos golpistas revelados no entorno do ex-presidente. Não por acaso, o principal auxiliar de Bolsonaro esteve na CPMI do 8 de Janeiro nesta terça-feira, onde foi questionado sobre outra articulação – dessa vez de militares – para impedir Lula (PT) de assumir seu terceiro mandato. Mauro Cid, porém, optou por ficar em silêncio. O foco da PF no depoimento desta quarta, porém, é outro.

Em palácio


Mas o que os investidores querem saber agora é o real nível de envolvimento de Bolsonaro na confusa trama descrita por Marcos do Val em fevereiro deste ano. Naquela ocasião, o senador disse ter sido chamado por Daniel Silveira para gravar ilegalmente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A intenção, contou o político, era forçar uma declaração comprometedora do magistrado para que Bolsonaro pudesse usar como pretexto de um golpe de Estado.

A primeira versão sustentada por Do Val – foram muitas dentro de poucas horas – dizia que Bolsonaro o teria coagido a praticar a ação ilegal. Depois, em uma tentativa de aliviar os problemas para o aliado, o senador disse que Bolsonaro apenas participou da reunião, como um ouvinte. Novamente, porém, a implicação é de que o presidente da República, à época, não se opôs ao crime planejado, segundo Do Val, dentro do Palácio do Alvorada.

Há outra versão, no entanto, e ela sustenta que o ex-presidente disse esperar uma resposta do senador sobre a execução do plano golpista discutido no encontro. Neste caso, Bolsonaro seria considerado um dos mentores do golpe e poderá responder, criminalmente, por este ato.

Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo