Na véspera, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa de Bolsonaro e determinou que a PF mantenha a data do depoimento, no âmbito da investigação sobre a tentativa de um golpe de Estado.
10h03 - de Brasília
Derrotado na sua intenção de postergar o depoimento à Polícia Federal (PF), marcado para esta quinta-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou aos advogados a decisão de permanecer calado, durante o interrogatório, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, nesta terça-feira.
Na véspera, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa de Bolsonaro e determinou que a PF mantenha a data do depoimento, no âmbito da investigação sobre a tentativa de um golpe de Estado.
Moraes também liberou o acesso dos advogados aos autos do processo, com exceção das diligências em andamento e da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
Orcrim
Em 8 de fevereiro, Bolsonaro foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF para apurar uma trama golpista para impedir a posse de Lula (PT). Os fatos analisados pela corporação configuram, em tese, os crimes de organização criminosa (orcrim), abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Além de Bolsonaro, a PF ouvirá outros investigados pela suposta articulação golpista na quinta-feira. São eles:
• Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
• Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
• Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
• Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
• Mário Fernandes, ex-chefe-substituto da Secretaria-Geral da Presidência;
• Walter Braga Netto, candidato a vice de Bolsonaro em 2022;
• Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
• Tércio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro; e
• Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro.