Bolsonaro mantém filho ’02’ com seu principal orientador na campanha

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Publicado Segunda, 21 de Fevereiro de 2022 às 12:32, por: CdB

Assim como em 2018, Bolsonaro sabe que precisará movimentar a internet e mobilizar sua base virtualmente para ter chances de superar o favoritismo de Lula. Ele pretende investir fortemente no Facebook e Twitter e, sobretudo, no Telegram, aplicativo de mensagens propício à disseminação de notícias falsas por não apresentar uma moderação eficiente. 

Por Redação - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (PL) não acertou, ainda, a contratação de uma equipe de marketing para sua possível campanha à reeleição. Até agora, Bolsonaro já descartou ao menos três marqueteiros que lhe foram apresentados para assumir sua campanha pela reeleição em 2022. A relutância, segundo observadores da cena política, mostra que o mandatário quer deixar o comando com o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), ou ’02’ como também é conhecido, acostumado a lidar com as redes sociais do pai e principal nome do chamado ‘Gabinete do Ódio’.
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Carlos Bolsonaro, o filho '02' do presidente, está atolado em uma série de processos
O chefe do governo federal diz ter total confiança na atuação do filho para coordenar a campanha. Carlos Bolsonaro ficaria encarregado de definir estratégias, linguagens e, sobretudo, os alvos da campanha pela reeleição: o ex-presidente Lula (PT) e o ex-juiz parcial Sergio Moro (Podemos).

Notícias falsas

Assim como em 2018, Bolsonaro sabe que precisará movimentar a internet e mobilizar sua base virtualmente para ter chances de superar o favoritismo de Lula. Ele pretende investir fortemente no Facebook e Twitter e, sobretudo, no Telegram, aplicativo de mensagens propício à disseminação de notícias falsas por não apresentar uma moderação eficiente. Bolsonaro quer ter total domínio sobre os rumos de sua campanha e, de acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, rejeita ter um "gerente da campanha" por este motivo.  Ao PL, Bolsonaro disse que pode aceitar a contratação de um marqueteiro, mas para atuar como uma espécie de conselheiro. É Bolsonaro quem quer ter a última palavra. O partido insiste em ter um profissional cuidando da campanha. O filho ’02’ responde a processos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) exatamente por manter uma equipe dedicada à disseminação de mentiras pelas redes sociais; além de figurar como o líder do grupo que distorce os fatos em favor de Bolsonaro, conforme a investigação em curso na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados.
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