Somada, a redução de recursos nestes 12 programas atinge R$ 3,3 bilhões. “O tamanho da tesourada varia, como indica o Boletim de Monitoramento do Orçamento da Saúde… No custeio de bolsas para residentes em medicina ‘Pró-Residência Médica e em Área Multiprofissional’, por exemplo, o impacto foi de R$ 922 milhões”.
Por Altamiro Borges - de São Paulo
Na propaganda eleitoral de rádio e televisão, Jair Bolsonaro aparece travestido de presidente preocupado com os dramas sociais e bravateia sobre o seu “pacote de bondades”, como o Auxílio Brasil e outros vales demagógicos e eleitoreiros. Distante dos holofotes, porém, o “capetão” segue cortando verbas para programas vitais.Programa
O programa de “Atendimento à População para Prevenção, Controle e Tratamento de HIV/AIDS, outras Infecções Sexualmente Transmissíveis e Hepatites Virais Total” faz parte da assistência farmacêutica no SUS. A verba banca a produção e distribuição de medicamentos voltados ao tratamento de pessoas com HIV e demais doenças. Como lembra o Estadão, “desde os anos 1980, o país nunca conseguiu acabar com essa epidemia. Houve registro de 1.045.355 casos de aids, sendo 13.501 no ano passado. Em 2020, 10.417 pessoas morreram da doença e o número total de vítimas chegou a 291.695”. Apesar da gravidade, o “capetão” corta as verbas para o tratamento.A lista das reduções criminosas
Em outras matérias, o Estadão já revelou mais cortes criminosos na área da saúde, como nas verbas do programa Médicos Pelo Brasil, sucessor do Mais Médicos; da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e da Atenção à Saúde de Populações Ribeirinhas e de Áreas Remotas na Amazônia, uma parceria com o Exército e a Marinha. A série de reportagens também identificou cortes no Farmácia Popular e nas verbas para equipar e reformar os hospitais especializados no tratamento de câncer. Como apontam entidades da área de saúde, se esses cortes não forem revertidos, eles “poderão gerar agravos a ações fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS)”. Abaixo, a lista das perdas motivadas por estes cortes orçamentários impostos pelo genocida Jair Bolsonaro: Implementação de Políticas de Promoção à Saúde e Atenção a Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), R$ 3,8 milhões. Programa Médicos pelo Brasil, R$ 366 milhões. Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Saúde, R$ 297 milhões. Alimentação e Nutrição para a Saúde, R$ 43 milhões. Educação e Formação em Saúde, R$ 76 milhões. Pró-Residência Médica e em Área Multiprofissional, R$ 922 milhões. Sistemas de Tecnologia de Informação e Comunicação para a Saúde (e-Saúde), R$ 206 milhões. Implantação e Funcionamento da Saúde Digital e Telessaúde no SUS, R$ 26 milhões. Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde Indígena e Estruturação de Unidades de Saúde e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) para Atendimento à População Indígena, R$ 910 milhões. Atenção à Saúde de Populações Ribeirinhas e de Áreas Remotas da Região Amazônica, R$ 10 milhões. Atendimento à População para Prevenção, Controle e Tratamento de HIV/AIDS, outras Infecções Sexualmente Transmissíveis e Hepatites Virais Total, R$ 407 milhões. Implementação de Políticas para a Rede Cegonha e Implementação de Políticas para Rede de Atenção Materno Infantil, R$ 28 milhões.Altamiro Borges, é jornalista.
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