Bolsonaro convida, Queiroga aceita e Pazuello é demitido da Saúde

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Publicado Segunda, 15 de Março de 2021 às 17:10, por: CdB

Enquanto Bolsonaro e Queiroga se reuniam, no Palácio do Planalto, Pazuello fazia um balanço de sua gestão, embora tenha negado que fosse uma despedida da pasta. Ele havia participado, na noite anterior, de uma reunião com a também cardiologista Ludhmila Hajjar, cotada para assumir o lugar do general, que recusou o convite.

Por Redação - de Brasília

Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o médico Marcelo Queiroga aceitou, no início da noite desta segunda-feira, o convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o cargo de ministro da Saúde, até então ocupado por um militar, o general Eduardo Pazuello. Mesmo sabendo que estava de saída, Pazuello negou em entrevista coletiva, durante a tarde, que deixaria o cargo.

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O cardiologista Marcelo Queiroga aceitou o convite para ocupar o Ministério da Saúde

Enquanto Bolsonaro e Queiroga se reuniam, no Palácio do Planalto, Pazuello fazia um balanço de sua gestão, embora tenha negado que fosse uma despedida da pasta. Ele havia participado, na noite anterior, de uma reunião com a também cardiologista Ludhmila Hajjar, cotada para assumir o lugar do general, que recusou o convite.

— O cargo é do presidente da República, existe essa possibilidade desde que eu entrei. Eu poderia ficar a curto, médio e longo prazo. Estamos a médio prazo. O presidente está pensando em substituição, avaliando nome, conversei com ele e Ludhmila (Hajjar) e claro que estou a disposição de ajudar a todos que vierem aqui — afirmou Pazuello.

Primeira Instância

Aos jornalistas, pressionado pelas perguntas sobre a demissão que ocorreu apenas algumas horas depois, Pazuello ainda tentou desconversar.

— É continuidade, não há rompimento. Os senhores não estão acostumados com isso, estão acostumados com o político largar a caneta e ir embora. Nós faremos a transição de forma correta e de continuidade quando nos for determinado — disse.

Pazuello responde a uma série de processos quanto à sua gestão no Ministério, sendo o mais pesado deles a gestão da crise de oxigênio nos hospitais de Manaus, que resultou na morte de dezenas de pacientes em estado grave de covid-19. Os processos ora no Supremo Tribunal Federal (STF), agora, serão destinados à Primeira Instância.

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