Bispos católicos advertem para risco Bolsonaro à democracia

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Publicado Segunda, 24 de Outubro de 2022 às 11:39, por: CdB

Os bispos acrescentam que o atual governo “virou as costas para a população mais carente, principalmente no tempo da pandemia”, e que, junto de seus apoiadores, abusou “do nome de Deus para legitimar seus atos e ainda o usam para fins eleitorais”, condenando ainda a disseminação de fatos inverídicos.

Por Redação - de São Paulo
Em carta aberta aos eleitores, um grupo de bispos católicos brasileiros lançou, na manhã desta segunda-feira, uma carta contra a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência da República. Sem citar diretamente o mandatário neofascista, os ‘Bispos do Diálogo pelo Reino’, coletivo reúne bispos da Igreja Católica de várias regiões do país, o documento afirma que o segundo turno das eleições coloca a população brasileira “diante de um desafio dramático” que não permite a neutralidade.
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Bispos brasileiros se pronunciam contra o governo neofascista, em curso no país
O cenário político, segundo o documento, impõe uma atitude assertiva quanto aos “dois projetos de Brasil, um democrático e outro autoritário; um comprometido com a defesa da vida, a partir dos empobrecidos, outro comprometido com a ‘economia que mata’ (Papa Francisco, A Alegria do Evangelho, 53); um que cuida da educação, saúde, trabalho, alimentação, cultura, outro que menospreza as políticas públicas, porque despreza os pobres”, escreveram os religiosos. Os bispos acrescentam que o atual governo “virou as costas para a população mais carente, principalmente no tempo da pandemia”, e que, junto de seus apoiadores, abusou “do nome de Deus para legitimar seus atos e ainda o usam para fins eleitorais”, condenando ainda a disseminação de fatos inverídicos.

Jesus

"Vivemos quatro anos sob o reinado da mentira, do sigilo e das informações falsas. As fake news (notícias falsas veiculadas como se fossem verdades) se tornaram a forma 'oficial' de comunicação do Governo com o povo”, acrescenta o texto. “Enquanto dizia ‘Deus acima de tudo’, o presidente ofendia as mulheres, debochava de pessoas que morriam asfixiadas, além de não demonstrar compaixão alguma com as quase 700 mil vidas perdidas para a covid-19 e com os 33 milhões de pessoas famintas em seu país. Lembramos que o Brasil havia saído do mapa da fome em 2014, por acerto dos programas sociais de governos anteriores”, afirmam. Os bispos pedem, ainda, que a população brasileira veja “Jesus no rosto de cada pessoa, especialmente dos pobres que sofrem e não em autoridades humanas que os manipulam em nome de um projeto ideológico de poder político e econômico”.
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