"Ela manteve a calma, deu a outra face e não agrediu seus ofensores", escreveu o empresário na internet. Wizard, suspeito de integrar um gabinete paralelo da Saúde, também foi alvo de requerimento para depor na CPI. O senador Alessandro Vieira ainda protocolou um pedido para quebrar sigilos do bilionário, mas ainda não foi votado.
Por Redação - de Brasília
Após a viagem às pressas para os Estados Unidos, onde se encontra, para não comparecer à convocação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, na próxima semana, o empresário Carlos Wizard apareceu em uma rede social para deixar uma mensagem de apoio à médica Nise Yamaguchi, que prestou depoimento à Comissão, na última terça-feira, e foi criticada por defender o uso da cloroquina, um medicamento ineficaz contra o novo coronavírus.
"Expresso o mais profundo respeito, admiração e carinho à dra. Nise Yamaguchi que lamentavelmente essa semana foi agredida por aqueles que deveriam respeitá-la e agradecer seu esforço incansável de salvar vidas", escreveu o empresário. A médica foi confrontada por senadores e acusada de não ter conhecimento para discutir o tratamento da doença, o que levantou reações nas redes sociais.
Para Wizard, suspeito de integrar um gabinete paralelo da Saúde, Yamaguchi "agiu como Jesus Cristo agiria se estivesse em seu lugar”.
Polêmica
"Ela manteve a calma, deu a outra face e não agrediu seus ofensores", escreveu o empresário na internet. Wizard também foi alvo de requerimento para depor na CPI. O senador Alessandro Vieira ainda protocolou um pedido para quebrar sigilos do bilionário, mas ainda não foi votado.
Na mensagem publicada na rede social, ao lado de uma foto com a médica, o empresário também diz que "os homens e mulheres de bem do Brasil tomaram as dores dessa sra, que é um anjo de Deus na terra" e convida seus seguidores de rede social a enviarem mensagem de apoio à médica.
"Cada cidadão tem o direito de discordar com uma orientação médica, mas isso não lhe dá o direito de ultrajar, insultar e desacatar qualquer profissional de saúde desse país", escreve Wizard, que chegou a ser nomeado para assumir um cargo no Ministério da Saúde em 2020, mas saiu em meio a uma polêmica sobre o método de cálculo de vítimas da covid-19.