Atos gigantescos contra Bolsonaro ocorrem em todos os Estados

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Publicado Sexta, 01 de Outubro de 2021 às 11:18, por: CdB

Coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular, Raimundo Bonfim afirma que a união entre a esquerda democrática e a direita liberal não significa que as diferenças políticas foram apagadas. Mas o somatório de forças é “fundamental”, afirmou.

Por Redação - de São Paulo
A Campanha Fora Bolsonaro confirmou a realização de 260 atos pelo Fora Bolsonaro neste sábado, em todos os Estados do país. As manifestações pelo impedimento do atual presidente ocorrerão em 256 cidades brasileiras e em outros 15 países. Em São Paulo, o ato nacional reúne representantes de 21 partidos, simbolizando a unidade entre esquerda democrática e a direita liberal.
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Mobilização contra o governo de retrocessos de Bolsonaro volta a tomar as ruas neste sábado: resistência e luta
Ainda segundo os organizadores, nove centrais sindicais e ampla gama de movimentos sociais que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também participam do ato público. Coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular, Raimundo Bonfim afirma que a união entre a esquerda democrática e a direita liberal não significa que as diferenças políticas foram apagadas. Mas o somatório de forças é “fundamental”, segundo ele, para pressionar pela abertura do processo de impeachment contra Bolsonaro.

Desemprego

No primeiro grupo, constam partidos que integram o Fórum de Oposição, como PT, PCdoB, PSOL, Rede, PV, Cidadania, Solidariedade, PSB e PDT. A direita não bolsonarista será representada por figuras do PSDB, DEM, MDB, PSD, Avante, Podemos, dentre outras legendas. — É importante, nesse momento, a somatória desses dois campos, porque precisamos de 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o impeachment. Portanto, a unidade é fundamental — disse Bonfim à agência brasileira de notícias Rede Brasil Popular (RBA), nesta sexta-feira. O desafio, acrescenta, é atrair para as mobilizações os cerca de 70% dos brasileiros que desaprovam o atual governo. Bonfim afirmou, ainda, que é fundamental intensificar a luta pela saída de Bolsonaro, “porque é impossível suportar esse governo até janeiro de 2023”. Caso o governo não seja interrompido, Raimundo prevê o aumento do desemprego, da fome e da miséria no país. Além disso, a democracia brasileira segue ameaçada.

Lista de crimes

Além da crise econômica e social e dos ataques contra a democracia, Bonfim afirma que Bolsonaro comete crimes em série. A longa lista inclui de crimes de responsabilidade a delitos comuns. Passam também por crimes contra a humanidade, em função da atuação de Bolsonaro durante a pandemia, que são objetos de investigação da CPI da Covid. Por exemplo, Raimundo definiu como “nazismo” as práticas adotadas pela Prevent Senior, realizando experimentos não consentidos pelos pacientes com medicamentos ineficazes. Em “aliança” com o governo Bolsonaro, essas práticas foram utilizadas com o intuito de evitar a interrupção das atividades econômicas. Por outro lado, ele também citou o episódio ocorrido no Rio de Janeiro, quando pessoas se aglomeraram em torno de um caminhão para disputar ossos que eram distribuídos. “É inaceitável”, disse Raimundo, destacando que o Brasil é o quarto maior produtor mundial de alimentos. Ele também lembrou que são cerca de 15 milhões de brasileiros desempregados. Já a miséria atinge mais de 40 milhões de pessoas pelo país.

Mobilização

Em São Paulo, os manifestantes marcaram a concentração na Avenida Paulista a partir das 13h, em frente ao vão livre do Masp. O ato político tem início marcado para às 14h. Mais tarde, às 16h30, o evento contará com a participação de uma série de artistas. Além do recado contra Bolsonaro, eles também devem apresentar canções para energizar os manifestantes. Bonfim ressaltou ainda a necessidade de cumprir as regras sanitárias para evitar a disseminação da covid-19. Nesse sentido, os manifestantes devem utilizar máscaras de alta proteção (PFF2/N95) e álcool em gel, além de manter o distanciamento. A estrutura montada para o ato público conta com um palco principal e, contratado por R$ 100 mil, o trio elétrico Demolidor, usado por anos nos blocos de Ivete Sangalo e outros artistas. O palco terá 24 metros de comprimento e abrigará camarins com luz de cromoterapia, decoração interna baseada no feng shui, área VIP, quatro banheiros, caixas de som com 343 mil watts de potência e elevadores hidráulicos. As 80 instituições de coordenação da campanha Fora Bolsonaro afirmam que dividirão o valor do aluguel do trio e têm arrecadado doações em “vaquinha” via Pix para bancar a empreitada. Além do Demolidor, o ato na Paulista terá outros dois trios elétricos menores. Os organizadores também negociaram com empresa conhecida por eventos esportivos que arrastaram multidões.  Estão confirmadas, segundo os organizadores, as presença dos presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Alessandro Vieira (Cidadania), além de lideranças, parlamentares e dirigentes de 21 partidos, incluindo do MDB, do DEM, do Novo e do PSDB.
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