Os laços entre a Armênia e o Azerbaijão são marcados por décadas de lutas pela disputada região de Nagorno-Karabakh. Confrontos eclodiram no dia 12 de setembro ao longo da fronteira compartilhada, deixando cerca de 200 pessoas mortas.
Por Redação, com Sputnik - de Yerevan
O Ministério da Defesa da Armênia disse que o Azerbaijão usou morteiros na quarta-feira para bombardear as posições armênias na fronteira.
Segundo o MD, um homem armênio foi ferido em razão do ataque.
"Em 21 de setembro, por volta das 20:00 [13:00, horário de Brasília], unidades das Forças Armadas do Azerbaijão abriram fogo de morteiros e armas pequenas de grande calibre contra posições armênias localizadas na parte leste da fronteira armênio-azerbaijana. Como resultado de ações de retaliação, o fogo parou. Um homem ficou ferido no lado armênio", disse o ministério nas redes sociais.
Enquanto isso, o Ministério da Defesa do Azerbaijão negou relatos de mídias sociais de que suas posições na fronteira foram supostamente bombardeadas pela Armênia.
A Armênia acusou o Azerbaijão de violar o cessar-fogo também na terça-feira.
Armênia e Azerbaijão
Os laços entre a Armênia e o Azerbaijão são marcados por décadas de lutas pela disputada região de Nagorno-Karabakh. Confrontos eclodiram no dia 12 de setembro ao longo da fronteira compartilhada, deixando cerca de 200 pessoas mortas. Ambos os países culpam-se mutuamente por disparar primeiro. Na manhã seguinte, os lados concordaram com um cessar-fogo.
O chefe do Comitê de Relações Exteriores do Conselho da Federação Russa, Grigory Karasin, disse à Sputnik que o cessar-fogo foi alcançado graças aos esforços da Rússia, inclusive após uma conversa entre o presidente russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro armênio Nikol Pashinyan, e o trabalho do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
A Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) aprovou no último dia 13 a criação de um grupo de trabalho para monitorar tensões entre Armênia e Azerbaijão. Após apelos de Yerevan, uma missão será enviada à fronteira entre os países.
O Conselho de Segurança Coletiva da OTSC concordou ainda com a criação de um grupo de trabalho para monitorar constantemente a situação em sua área de responsabilidade.