Aplicação da IA leva a demissões em massa ao redor do planeta

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Publicado Segunda, 25 de Março de 2024 às 18:22, por: CdB

O levantamento foi realizado entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024 com 1.864 respondentes de todo o Brasil e de organizações dos setores de Tecnologia, Indústria, Serviços e outros.


Por Redação, com Bloomberg - de Nova York, NY-EUA

O número de demissões em massa cresceu em 2023 em relação ao ano anterior, segundo relatório do Ecossistema Great People & GPTW. A pesquisa ‘Tendências de Gestão de Pessoas’ aponta que 16,7% das empresas do país realizaram grandes rodadas de desligamentos, ante 12,4% em 2022. Analistas ouvidos pela agência norte-americana de notícias Bloomberg apontam diversos fatores para o movimento, como o avanço da inteligência artificial (IA), pressão dos juros elevados e reorganização das empresas após a crise da covid-19.

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A Meta, dona do Facebook, fez uma série de demissões após a implantação da IA


O levantamento foi realizado entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024 com 1.864 respondentes de todo o Brasil e de organizações dos setores de Tecnologia, Indústria, Serviços e outros. Daniela Diniz, porta-voz da pesquisa e Diretora de Conteúdo e RI do Ecossistema Great People & GPTW, destaca o efeito de demissões em massa, principalmente no setor de tecnologia, que tiveram grande demanda por profissionais durante a pandemia, mas que posteriormente enfrentaram mudanças nas estruturas.

—À medida que a pandemia foi arrefecendo, o retorno ao trabalho híbrido e presencial ganham força e a inteligência artificial entra no jogo, a demanda por aquele perfil de profissional que se buscou nos anos pandêmicos diminui e as empresas passam a reajustar seus quadros — disse ao canal norte-americano de TV CNN, nesta segunda-feira.

 

IA generativa


O setor tecnológico, que é um dos principais destacados pela pesquisa, viu cortes impulsionados por uma tendência que ele mesmo criou: a inteligência artificial (IA).

— Temos visto um grande movimento de desligamentos por parte das empresas, à medida que muitos fenômenos interferem nessa decisão, como o uso intensivo de inteligência artificial e a reestruturação dos negócios. Isso aconteceu principalmente no setor da tecnologia, mas vários outros ramos de atividade foram afetados — resumiu a professora da FIA Business School, Lina Nakata.

No ano passado, big techs como Google, Microsoft, Amazon e Meta realizaram dezenas de milhares de cortes à medida que investem pesado em IA generativa.

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