Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Anderson Torres presta depoimento à PF sobre ações criminosas

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Segunda, 08 de Maio de 2023 às 15:44, por: CdB

Torres, que está preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, prestou depoimento nesta segunda-feira no âmbito do inquérito que apura as ações da PRF.


Por Redação - de Brasília

Documentos comprovam que Anderson Torres, então ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL), utilizou uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar à Bahia, seis dias antes da realização do segundo turno das eleições presidenciais do ano passado, para discutir o apoio da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) visando prejudicar o acesso de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos locais de votação. O delegado falará à Justiça sobre estas e outras ações criminosas.

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Anderson Torres encontra-se preso por suspeita de participação nos atos terroristas ocorridos na Praça dos Três Poderes


Torres, que está preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, prestou depoimento nesta segunda-feira no âmbito do inquérito que apura as ações da PRF que dificultaram o transporte de eleitores em diversos estados do Nordeste.

O primeiro documento mostra que Torres pegou o voo da FAB no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, no dia 24 de outubro, às 17h30, e chegou a Salvador duas horas depois. A relação nominal mostra que Torres foi acompanhado do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Antônio Lorenzo, do diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes, de um assessor especial do gabinete e dois agentes da PF.

Silêncio


Um outro documento trata da reunião entre Torres e o superintendente da PF na Bahia, o delegado Leandro Almada, realizada no dia 25 de outubro, uma terça-feira da semana pré-eleição. Ainda conforme a reportagem, o secretário-executivo do MJ, o diretor-geral da Polícia Federal, e os delegados da PF na Bahia Marcelo Werner e Flávio Marcio Albergaria Silva também teriam participado do encontro.

Torres abriu mão do direito de permanecer em silêncio.

— Ele vai abrir mão do direito ao silêncio e esclarecerá tudo o que for questionado — afirmou Eumar Novacki, que lidera o time de advogados de Torres.

Em abril, a PRF reinstaurou uma investigação interna para apurar o que motivou a operação dos bloqueios nas estradas.

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