Em nota, a defesa de Valdemar Costa Neto confirmou a concessão de liberdade provisória e, quanto à decisão do ministro, disse que “reafirma sua confiança no Poder Judiciário”. Costa Neto foi preso em flagrante por porte ilegal de uma arma com registro vencido, encontrada no quarto de hotel que ele habita, em Brasília.
Por Redação - de Brasília
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, concedeu liberdade provisória ao presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, neste sábado. Costa Neto já havia dormido duas noites na cadeia, desde que foi preso na quinta-feira. O aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de de busca e apreensão na Operação Tempus Veritatis, que investiga uma tentativa de articulação de golpe de Estado fracassado no dia 8 de janeiro do ano passado.
Em nota, a defesa de Valdemar Costa Neto confirmou a concessão de liberdade provisória e, quanto à decisão do ministro, disse que “reafirma sua confiança no Poder Judiciário”. Costa Neto foi preso em flagrante por porte ilegal de uma arma com registro vencido, encontrada no quarto de hotel que ele habita, em Brasília. Na operação, os agentes também encontraram uma pepita de ouro que, segundo a perícia forense, é originário de um garimpo. Na véspera, Moraes converteu em preventiva a prisão de Costa Neto e deu o prazo de 24 horas para a Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestar-se, e o fez favoravelmente, sobre o pedido de liberdade provisória realizado pela defesa do presidente do PL.
Investigadores
Em sua decisão, Moraes também decidiu manter as prisões preventivas de outros alvos da investigação da PF, foram eles: Rafael Martins de Oliveira, Marcelo Costa Câmara, que integram o Exército, e de Filipe Martins, ex-assessor especial de assuntos internacionais da presidência.
O presidente do PL foi preso em flagrante por porte ilegal de arma e usurpação de bem público por investigadores terem encontrado uma pepita de ouro de origem suspeita em sua residência. A pepita encontrada na casa de Costa Neto pesa 39,18 gramas e vale cerca de R$ 11,7 mil. A perícia criminal na pepita de ouro durou quatro horas, e o Instituto Nacional de Criminalística (INC), apontou que a peça é originária de um garimpo. A análise, contudo, não aponta de qual Estado seria procedente.
O registro da arma que motivou a prisão de Costa Neto, por sua vez, está em nome do seu filho e está vencido, segundo informe da PF, o que configura o porte ilegal.