Zelensky vai a Washington em busca de mais armas para Ucrânia

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Publicado Quarta, 21 de Dezembro de 2022 às 08:05, por: CdB

Biden anunciará quase US$ 2 bilhões em mais assistência militar para a Ucrânia, que incluirá uma bateria de mísseis Patriot para ajudá-la a se defender contra mísseis russos, disse uma autoridade graduada dos EUA..

Por Redação, com Reuters - de Kiev/Washington

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, estava a caminho dos Estados Unidos nesta quarta-feira para se encontrar com o presidente norte-americano, Joe Biden, discursar no Congresso e buscar "armas, armas e mais armas" em sua primeira viagem ao exterior 300 dias desde a Rússia invadiu seu país.

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky

Zelensky disse que a visita visa fortalecer a "resiliência e as capacidades de defesa" da Ucrânia em meio a repetidos ataques russos ao abastecimento de energia e água no auge do inverno.

Sirenes antiaéreas soaram em toda a Ucrânia nesta quarta-feira, segundo autoridades, mas não houve notícias imediatas de uma nova onda de ataques.

O conselheiro político presidencial da Ucrânia Mykhailo Podolyak disse que a visita de Zelensky aos Estados Unidos mostra o alto grau de confiança entre os dois países e oferece a ele a oportunidade de explicar quais armas Kiev precisa.

– Isso finalmente põe fim às tentativas do lado russo... de provar um suposto esfriamento crescente em nossas relações bilaterais – afirmou Podolyak à agência inglesa de notícias Reuters.

– Os Estados Unidos apoiam inequivocamente a Ucrânia.

Ucrânia e EUA

Biden anunciará quase US$ 2 bilhões em mais assistência militar para a Ucrânia, que incluirá uma bateria de mísseis Patriot para ajudá-la a se defender contra mísseis russos, disse uma autoridade graduada dos EUA.

– Armas, armas e mais armas. É importante explicar pessoalmente por que precisamos de certos tipos de armas – declarou Podolyak. "Em particular, veículos blindados, os mais recentes sistemas de defesa antimísseis e mísseis de longo alcance."

Espera-se que a visita de Zelensky dure várias horas.

Ele se encontrará com Biden e os principais assessores de segurança nacional na Casa Branca, participará de uma entrevista coletiva conjunta com o presidente dos EUA e depois irá ao Capitólio para discursar em uma sessão conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados dos EUA.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro com o objetivo de capturar Kiev em dias, uma meta que rapidamente se mostrou fora de alcance. O presidente russo, Vladimir Putin, descreve o que chama de "operação militar especial" da Rússia para "desnazificar" a Ucrânia como o momento em que Moscou finalmente se levantou contra o Ocidente.

Desde então, milhares de soldados e civis foram mortos, milhões foram forçados a fugir de suas casas e cidades inteiras foram transformadas em ruínas.

Biden ficará cara a cara com o homem com quem tem falado regularmente nos últimos 10 meses, mas não se encontrou pessoalmente desde o início da guerra. Ele não usará a conversa para empurrar Zelensky para a mesa de negociações com Putin, disse uma autoridade dos EUA.

O Kremlin afirmou nesta quarta-feira que não vê chance de negociações de paz com Kiev. Em uma ligação com repórteres, o porta-voz Dmitry Peskov disse que o fornecimento contínuo de armas ocidentais à Ucrânia levaria a um "aprofundamento" do conflito.

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