Yuan ganha espaço frente o dólar, que vem perdendo hegemonia no mundo

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Publicado Segunda, 05 de Junho de 2023 às 14:26, por: CdB

As estrategistas do JPMorgan Meera Chandan e Octavia Popescu afirmaram à agência inglesa de notícias Reuters, nesta manhã, que, embora o uso geral do dólar permaneça dentro de uma faixa histórica, o uso foi mais "bifurcado por debaixo dos panos”.


Por Redação - de Londres

Sinais de desdolarização estão surgindo na economia global com uma velocidade cada vez maior, disseram estrategistas do maior banco norte-americano, JPMorgan, nesta segunda-feira, embora a moeda deva manter seu domínio de longa data no futuro próximo. O impacto dos aumentos acentuados nos juros dos Estados Unidos e o uso de sanções que afastaram países como a Rússia do sistema bancário global estão levando o grupo BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - a desafiar a hegemonia do dólar.

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O yuan chinês ganha o espaço do dólar em um mercado cada vez maior, ao redor do globo


As estrategistas do JPMorgan Meera Chandan e Octavia Popescu afirmaram à agência inglesa de notícias Reuters, nesta manhã, que, embora o uso geral do dólar permaneça dentro de uma faixa histórica, o uso foi mais "bifurcado por debaixo dos panos”. A participação do dólar nos volumes de moedas negociadas está aquém de recordes, em 88%, enquanto a participação do euro encolheu 8 pontos percentuais na última década, para uma mínima recorde de 31%. A participação do yuan chinês, contudo, tem subido para a máxima de 7%.

Yuan chinês


"A desdolarização é evidente nas reservas cambiais, onde a participação (do dólar) caiu para um recorde à medida que a participação nas exportações diminuiu, mas ainda está emergindo nas commodities", disseram os estrategistas, em nota.

A avaliação do JPMorgan é a mais destacada de qualquer grande banco norte-americano, embora gestores de ativos de peso, como o Goldman Sachs Asset Management, também tenham manifestado opiniões sobre a tendência. A nota do JPMorgan desta segunda-feira estimou que, para as exportações globais, a participação dos EUA caiu para uma mínima de 9%, enquanto a China atingiu uma máxima de 13%.

Também nas reservas cambiais globais de bancos centrais, a participação do dólar caiu para uma mínima de 58%, embora um nível que ainda seja de longe o maior globalmente. Enquanto isso, o progresso na internacionalização do yuan tem sido limitado, acrescentou o JPMorgan, e é improvável que mude muito devido aos controles de capital da China.

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