WeChat: Austrália acusa China de 'interferência estrangeira'

Arquivado em:
Publicado Segunda, 24 de Janeiro de 2022 às 07:37, por: CdB

 

O senador anunciou nesta segunda-feira que Morrison não podia acessar sua conta na rede WeChat por alguns meses. Paterson chamou os políticos australianos a boicotarem a WeChat em resposta, afirmando que "ninguém deveria legitimar sua censura e seu controle sobre o nosso debate público".

Por Redação, com Sputnik - de Sydney

O chefe do comitê de inteligência do Parlamento australiano, James Paterson, acusou a China de interferir na democracia do país após a conta do primeiro-ministro Scott Morrison na rede social chinesa ter sido alegadamente bloqueada.

premie-1.jpeg
O chefe do comitê de inteligência do Parlamento australiano, James Paterson

O senador anunciou nesta segunda-feira que Morrison não podia acessar sua conta na rede WeChat por alguns meses.

– Na minha visão, levando em consideração que a WeChat é uma empresa tão controlada pelo Partido Comunista da China, isso equivale a interferência estrangeira na nossa democracia, e em um ano de eleições não menos importante – disse Paterson durante entrevista à 4BC.

– É particularmente preocupante eles terem decidido punir o primeiro-ministro e impedir que ele poste na rede, mas eles continuam permitindo ao (o líder de oposição) Anthony Albanese postar seus ataques contra o governo, aos quais não podemos responder agora.

Políticos australianos

Paterson chamou os políticos australianos a boicotarem a WeChat em resposta, afirmando que "ninguém deveria legitimar sua censura e seu controle sobre o nosso debate público".

The South China Morning Post relatou nesta segunda-feira que não conseguiu encontrar o perfil de Morrison na rede WeChat na China, enquanto Albanese contou à 4BC que a Austrália não "ouviu nada do próprio primeiro-ministro sobre o assunto" e disse que ele falaria com Morrison diretamente.

Os políticos da Austrália estariam usando a rede social da China para atingir os australianos de etnia chinesa, que são uma significativa minoria da população da Austrália.

A deputada australiana Gladys Liu, que nasceu em Hong Kong, anunciou também que ela não usaria mais a WeChat em protesto contra o suposto bloqueio. O distrito de Chisholm, representado por Liu, tem grande população de origem chinesa (19,7%).

 
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo