Rio de Janeiro, 18 de Outubro de 2024

Vladimir Putin confirma que não participará de cúpula do G20 no Brasil

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Sexta, 18 de Outubro de 2024 às 14:43, por: CdB

Mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional motivou a desistência do presidente russo em comparecer ao evento.

Por Redação, com CartaCapital – de Moscou

O presidente russo, Vladimir Putin, sob uma ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) relacionada à guerra na Ucrânia, disse, nesta sexta-feira, que não participará da Cúpula do G20 no Brasil em 18 e 19 de novembro para não “perturbá-la”.

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Vladimir Putin, presidente da Rússia

– Entendemos perfeitamente que, incluindo ou excluindo o fator TPI, toda a discussão será apenas sobre isso. E isso perturbaria o trabalho do G20. Para quê? Somos adultos! – declarou o presidente russo durante um encontro com jornalistas estrangeiros.

Se viesse ao Brasil, Putin corria o risco de ser preso, uma vez que o País é signatário da constituição do TPI. Lula (PT) chegou a afirmar, recentemente, que não prenderia o russo, mas recuou pouco depois alegando que a decisão deveria ser da Justiça e não política.

Nos bastidores, o governo brasileiro seguiu se movimentando para que o presidente russo tivesse garantias para vir ao País sem que fosse preso, conforme mostrou CartaCapital em abril. A ação, no entanto, não prosperou.

Mauro Vieira, chanceler brasileiro, reforçou, mais recentemente, a posição emitida por Lula sobre o caso, alegando que, do ponto de vista político, não poderia impedir qualquer ordem judicial no caso.

– Pode haver isso. Eu não posso limitar, cercear um juiz, nem imaginar ou adivinhar o que vão fazer. Pode haver, tantas outras coisas podem acontecer – declarou, durante entrevista à CNN Brasil, exibida no último domingo.

Imunidade

É ‘tradição’ que chefes de Estado tenham certa imunidade durante compromissos internacionais, mas, Putin tem evitado sair Rússia após a ordem emitida pelo TPI. Até aqui, limitou suas viagens a países que não reconhecem o tribunal como uma instância legítima de decisões e que, portanto, não dariam andamento ao mandado de prisão.

A opção por restringir suas agendas internacionais fez com que ele não fosse, por exemplo, aos dois últimos encontros do G20, que ocorreram na Indonésia e na Índia depois do começo da guerra na Ucrânia.

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