Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Victoria’s Secret, com modelo de mulher que agrada aos homens, perde em faturamento

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Sábado, 17 de Novembro de 2018 às 14:50, por: CdB

A Victoria’s Secret, empresa de lingerie que se apegou à idéia de que as mulheres devem parecer sexy para os homens, revela que suas vendas estão em queda.

 
Por Redação, com NYT - de Londres
  As notícias desta semana de que Jan Singer, CEO da Victoria Secret Lingerie, estava deixando o cargo, depois de uma crise interna sobre observações transfóbicas feitas por outro executivo, foi apenas o mais recente evento negativo para uma marca que tem estado em constante declínio, há anos.
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Desfile da Victoria's Secret não mudou muita coisa desde o seu início, ainda na década de 90 do século passado
O marketing da Victoria’s Secret tem se mostrado inconsistente. O desfile de moda da empresa este mês, completo com modelos magros, sutiãs push-up, calcinhas e saltos altos, foi uma cópia quase a carbono da primeira montada, em 1995, embora tivesse mais penas, lantejoulas e asas. E sua adesão a essa visão de sexy não será comprometida. Nem por aqueles que classificam a marca como sexista, nem pelas novas start-ups de sutiãs que oferecem produtos destinados ao conforto e à facilidade; nem mesmo pelas mulheres que abandonam a Victoria’s Secret para comprar em outro lugar.

Fora de sintonia

A Victoria’s Secret ainda é a principal marca de lingerie dos EUA, mas sua participação no mercado está caindo rapidamente. As vendas caem e as ações da empresa declinaram 41% este ano. Em um estudo realizado em setembro de 2017 pelo banco Wells Fargo, 68% dos entrevistados disseram que gostavam menos da Victoria's Secret do que costumavam e 60% disseram que a marca se sente "forçada" ou “falsa". — A Victoria’s Secret está perdendo participação para outras marcas porque está fora de sintonia. A forma como o marketing está fora de sintonia. As mulheres não querem ser vistas como supermodelos sexy estereotipadas que compram lingerie apenas para impressionar os homens — encerrou ao diário norte-americano New York Times o financista Paul Lejuez, analista de varejo do Citibank.
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