Vasques é o primeiro a ser chamado pela CPMI do 8/1 para explicar golpe

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Publicado Quarta, 14 de Junho de 2023 às 15:57, por: CdB

A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), definiu nesta quarta-feira que a sessão ocorrerá na próxima terça-feira. Vasques, que foi convocado, está obrigado a comparecer à comissão, embora mantenha o direito de permanecer calado e não produzir provas contra si mesmo. 


Por Redação - de Brasília

Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques será o primeiro convocado a prestar depoimento perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1. Vasques mobilizou um intenso esquema policial para impedir que eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegassem aos seus locais de votação, principalmente no Nordeste, onde o candidato petista mantinha uma sólida dianteira quanto ao adversário da extrema direita, Jair Bolsonaro (PL).

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Silvinei Vasques foi nomeado diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal em abril de 2021, durante governo Bolsonaro


A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), definiu nesta quarta-feira que a sessão ocorrerá na próxima terça-feira. Vasques, que foi convocado, está obrigado a comparecer à comissão, embora mantenha o direito de permanecer calado e não produzir provas contra si mesmo.

A senadora também confirmou que, na quinta-feira da próxima semana será ouvido um dos envolvidos na tentativa de explosão de uma bomba no Aeroporto de Brasília no fim do ano passado: George Washington de Oliveira Sousa, condenado a 9 anos e 4 meses de prisão. Na mesma data, os parlamentares também ouvirão o perito Valdir Pires Dantas Filho, da Polícia Civil do Distrito Federal, que desempenhou um papel importante na investigação da tentativa de atentado.

De acordo com o plano de trabalho da CPMI, tanto os atos ocorridos em 8 de janeiro quanto episódios anteriores serão abordados. Todos os convocados foram chamados como testemunhas e serão obrigados a comparecer à comissão. Aqueles que não comparecerem podem ser alvo de condução coercitiva, exceto os investigados, que têm o direito de não participar.

A CPI dos Atos Golpistas aprovou a lista dos primeiros depoimentos, com a maioria governista rejeitando os pedidos da oposição para convocar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), e dois ex-gestores nomeados pelo governo Lula (PT): Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Na lista


O colegiado também recusou a solicitação de acesso ao plano de voo do presidente Lula no fim de semana de 8 de janeiro, quando ocorreram os atos golpistas em Brasília. Naquela ocasião, Lula estava em Araraquara (SP) para avaliar os estragos causados pela chuva, que resultaram em mortes e um prejuízo estimado em R$ 50 milhões.

Entre os convocados para prestar depoimento aos senadores estão, ainda, Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro; Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente; Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI; Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde e Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do DF.

Jorge Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do DF; Robson Cândido, delegado-geral da Polícia Civil do DF; Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza, suspeitos de tentarem explodir um caminhão-tanque no Aeroporto de Brasília, também constam da lista.

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