Unidades curdas avançam em direção a Raqqa

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Publicado Quinta, 02 de Junho de 2016 às 09:08, por: CdB

As Forças Democráticas da Síria, a maior parte das quais são compostas de unidades curdas, continuam o assalto contra Raqqa

Por Redação, com Sputnik Brasil - de Beirute:

As Forças Democráticas da Síria continuam a ofensiva contra posições do Estado Islâmico a norte de Raqqa. Durante as últimas 24 horas foi libertado mais um assentamento, informou a agência ANHA.

– A quarta unidade, que leva a cabo ações militares nos territórios a leste do rio Eufrates, visando avançar em direção a Tabka, libertou o assentamento de Djabka de terroristas do EI – disse uma fonte na milícia curda.

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As Forças Democráticas da Síria, a maior parte das quais são compostas de unidades curdas, continuam o assalto contra Raqqa

Os militantes das Forças Democráticas da Síria capturaram uma metralhadora de grande calibre DShK e corpos de três terroristas.

Segundo a agência, os militantes do Daesh, ao retirar as suas forças, minam os territórios abandonados.

As Forças Democráticas da Síria, a maior parte das quais são compostas de unidades curdas, continuam o assalto contra Raqqa. A aviação da coalizão internacional presta apoio aéreo.

Raqqa é a última grande cidade da Síria que está sob o controle do Estado Islâmico. Segundo representantes das unidades curdas, a libertação da chamada capital do EI será um golpe na sua reputação e fará com que a maior parte dos militantes-islamistas abandonem a organização.

Dividir para reinar

Os Estados Unidos procuram dividir a Síria em áreas de influência, tal como aconteceu com a Alemanha após a Segunda Guerra Mundial, disse ao jornal russo Izvestia o general sírio retirado Yahya Suleiman.

A mídia informou na quarta-feira que a oposição síria, apoiada por assessores militares norte-americanos, iniciou uma ofensiva em direção à cidade de Manbij, no norte de país, controlada pelo Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia), com o fim de interromper o abastecimento de terroristas a partir da Turquia.

– Os EUA mantêm uma postura ambivalente sobre Daesh (…) neste caso, não se trata de cortar a comunicação deste grupo com a Turquia, mas de ampliar a área de controle curdo e depois usá-lo para os seus fins; na verdade, na Síria se repete de certa forma o cenário da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial, quando esta ficou dividida em áreas de influência – disse Suleiman.

O general disse que, na Síria, há aqueles que estão convencidos da veracidade dos recentes rumores sobre um acordo entre Moscou e Washington, para dividir o país árabe.

– Não desejamos e também não acreditamos que a Rússia jogue esses jogos, porém estamos preocupados com a possível evolução desta situação – acrescentou general.

Em uma entrevista publicada em abril passado pelo jornal The New York Times, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, anunciou que Washington espera acordar com a Rússia um novo sistema de observação do cessar-fogo na Síria.

– Propusemos mesmo a traçar uma linha, uma linha absoluta, dizendo, 'Vocês não vão além desta linha, e nós também não, e tudo o que está no meio será um jogo limpo' – disse na época o chefe da diplomacia norte-americana.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, chamou de "simplista" a proposta do presidente Obama, ressaltando que "o essencial é a luta contra os terroristas".

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