União Europeia prepara sanções contra Moscou por morte de Navalny

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Publicado Segunda, 19 de Fevereiro de 2024 às 10:46, por: CdB

A colônia penal onde Navalny estava encarcerado informou à mãe e ao advogado do dissidente que ele foi vítima de "síndrome de morte súbita", mas a família e aliados do opositor acusam a Rússia de esconder o corpo.


Por Redação, com ANSA - de Bruxelas


A União Europeia prepara uma rodada de sanções contra os supostos culpados pela morte do líder de oposição russo Alexei Navalny, que faleceu na colônia penal no Ártico onde estava encarcerado.




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Bloco culpa o presidente Vladimir Putin pelo falecimento

– Os Estados-membros vão propor seguramente sanções contra os responsáveis – disse nesta segunda-feira o alto representante da UE para Política Externa, Josep Borrell, à margem da reunião de ministros das Relações Exteriores do bloco em Bruxelas.


– O responsável é o próprio Putin, mas podemos descer até a estrutura institucional do sistema penitenciário na Rússia – acrescentou Borrell.


Já a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, destacou que o 13º pacote de sanções contra Moscou no âmbito da invasão à Ucrânia levará em conta a morte de Navalny. "Estamos nos detalhes finais", acrescentou.



Sanções da UE


Além disso, Borrell propôs que o regime de sanções da UE sobre direitos humanos tenha o nome do dissidente russo, "de modo que ele seja lembrado para sempre". As novas punições contra o regime de Vladimir Putin, no entanto, enfrentam oposição da Hungria, país do bloco que mais simpatiza com o presidente russo.


– A União Europeia, afetada por psicose bélica, quer apenas obedecer Washington, a imprensa liberal e as ONGs – declarou o ministro húngaro das Relações Exteriores, Péter Szijjártó, salientando que as sanções são "uma solução de fachada".


A colônia penal onde Navalny estava encarcerado informou à mãe e ao advogado do dissidente que ele foi vítima de "síndrome de morte súbita", mas a família e aliados do opositor acusam a Rússia de esconder o corpo.


– Não estamos envolvidos nessa questão, essa não é uma função da administração presidencial – rebateu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta segunda-feira.




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