Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Últimos remanescentes de batalhão neonazista rendem-se, em Mariupol

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Sábado, 21 de Maio de 2022 às 11:50, por: CdB

De acordo com Konashenkov, o líder do Azov foi retirado da usina em um “veículo blindado especial, devido ao ódio dos moradores de Mariupol e ao desejo do povo de puni-lo por inúmeras atrocidades”. Horas antes, Prokopenko chegou a divulgar um vídeo nas redes sociais ordenando a rendição dos seus comandados.

Por Redação, com agências internacionais - de Moscou
O Ministério da Defesa russo confirmou, neste sábado, a rendição dos últimos combatentes neonazistas do Batalhão Azov e militares ultranacionalistas ucranianos que ainda estavam entrincheirados na siderúrgica Azovstal, em Mariupol, no sul da Ucrânia. Entre os capturados está o comandante do Batalhão Azov, Denís Prokopenko. Também se rendeu o comandante da 36ª Brigada de Fuzileiros Navais da Marinha Ucraniana, Sergei Volynski, apelidado de ‘Volyna’. Além disso, 177 civis, incluindo 85 mulheres e 47 crianças foram evacuados da área industrial. “As instalações subterrâneas da empresa, nas quais os combatentes estavam escondidos, ficaram sob controle total das Forças Armadas russas”, disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov. Desde 16 de maio, renderam-se 2.439 nazis do Azov e militares ucranianos detidos na fábrica. Hoje, 20 de maio, o último grupo de 531 combatentes rendeu-se”, acrescentou o Ministério, em nota. De acordo com Konashenkov, o líder do Azov foi retirado da usina em um “veículo blindado especial, devido ao ódio dos moradores de Mariupol e ao desejo do povo de puni-lo por inúmeras atrocidades”. Horas antes, Prokopenko chegou a divulgar um vídeo nas redes sociais ordenando a rendição dos seus comandados.

Cerco

“O alto comando militar deu a ordem para salvar a vida dos soldados da nossa guarnição, parando de defender a cidade”, declarou. De um mês para cá, as forças russas vêm tomando o controle praticamente completo de Mariupol. Desde então, os remanescentes do Batalhão Azov e militares ucranianos se refugiaram em túneis e galerias no subsolo da usina Azovstal. O presidente russo, Vladmir Putin, no entanto, classificou como “pouco razoável” ordenar um assalto às instalações da usina. Em vez disso, ele ordenou um bloqueio à região industrial, “de tal modo que não possa passar nem uma mosca”. O objetivo era impedir que mantimentos e munições chegassem aos combatentes, forçando assim a rendição.

Próximos passos 

As autoridades russas não especificaram o destino dos combatentes que se renderam. No entanto, nos últimos dias parte dos defensores de Azovstal que se renderam teriam sido transferidos para território russo ou para regiões controladas pelos separatistas pró-russos na região de Donetsk. Segundo o jornal russo Pravda, o governo ucraniano tenta um acordo para trocar os combatentes detidos na usina por prisioneiros russos. No entanto, o presidente da Duma, Vyacheslav Volodin, afirmou que os nazistas “não devem ser trocados”. — Devemos fazer tudo para levá-los à justiça — concluiu Volodin.
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