UE prepara regra para corte obrigatório no consumo de gás

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Publicado Terça, 19 de Julho de 2022 às 07:47, por: CdB

Foi retirado o tópico em que havia a obrigação para que edifícios públicos mantivessem o aquecimento até 19°C e o resfriamento por ar condicionado até 25°C. No entanto, foi adicionado que seja introduzido o "princípio de máximo esforço" para a redução energética, em valor que pode ser vinculante em caso de crise.

Por Redação, com ANSA - de Bruxelas

A União Europeia prepara um documento em que determina o corte obrigatório no consumo de gás em todo o bloco no caso de uma crise no fornecimento do combustível, mostra um documento obtido pela agência italiana de notícias ANSA nesta terça-feira.
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União Europeia apresentará novo plano
O projeto será apresentado pela Comissão Europeia nesta quarta-feira e tem algumas alterações em relação ao primeiro rascunho. Foi retirado o tópico em que havia a obrigação para que edifícios públicos mantivessem o aquecimento até 19°C e o resfriamento por ar condicionado até 25°C. No entanto, foi adicionado que seja introduzido o "princípio de máximo esforço" para a redução energética, em valor que pode ser vinculante em caso de crise. Esses valores seriam determinados por um regulamento europeu e um ato legislativo válidos para todos os 27 países-membros. Nas últimas duas páginas do documento são citados dois cenários em que as novas regras seriam válidas: um de pré-alarme e outro de alarme. No primeiro, seria aprovada uma regulamentação que indica uma meta voluntária de redução em todos os Estados-membros, segundo o princípio de máximo esforço; no segundo, o corte de consumo se tornará obrigatório. Os percentuais para cada uma das situações não estão definidos e devem ser o tema de debate no Colégio dos Comissários.

Crise energética

A discussão de um documento de enfrentamento único sobre a crise energética que se acentuou no bloco por conta da guerra na Ucrânia, onde os russos começaram a reduzir o fornecimento como resposta às sanções econômicas e políticas aplicadas pelos europeus, já havia sido anunciada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no início do mês. À época, a líder afirmou que era importante que todas as nações tivessem "uma abordagem coordenada em dois pontos: verificar onde há mais necessidade de gás e como fazer com que esse gás vá para essas áreas". A ideia é repetir a coordenação e a unidade de todos os Estados-membros na aplicação de soluções como foi feito durante a pandemia de covid-19 na compra e distribuição de insumos, medicamentos e vacinas.
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