Ucrânia reduz pena russo condenado por crimes de guerra

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Publicado Sexta, 29 de Julho de 2022 às 10:14, por: CdB

Em 23 de maio, o russo havia sido condenado à prisão perpétua, mas sua defesa recorreu da sentença, que foi reduzida pelo Tribunal de Apelação de Kiev para 15 anos nesta sexta-feira. Ainda cabe recurso na Suprema Corte.

Por Redação, com ANSA - de Kiev

Um tribunal de segunda instância de Kiev reduziu para 15 anos a pena de prisão perpétua que havia sido imposta a Vadim Shishimarin, primeiro condenado por crimes de guerra cometidos na Ucrânia durante a invasão russa.
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Vadim Shishimarin admitiu ter matado civil na Ucrânia em 28 de fevereiro
Shishimarin, 21 anos, é réu confesso pelo assassinato do civil Oleksandr Shelipov, 62, ocorrido em 28 de fevereiro, no vilarejo de Chupakhivka. Em 23 de maio, o russo havia sido condenado à prisão perpétua, mas sua defesa recorreu da sentença, que foi reduzida pelo Tribunal de Apelação de Kiev para 15 anos nesta sexta-feira. Ainda cabe recurso na Suprema Corte. Segundo o advogado de Shishimarin, Viktor Ovsyannikov, citado pela emissora ucraniana Suspilne, o militar pode ser envolvido em uma troca de prisioneiros com a Rússia. "Pode haver uma troca, e ele irá para casa. Ele não é necessário aqui na Ucrânia, e nós precisamos dos nossos meninos", disse.

Invasão russa

Em 28 de fevereiro, no início da invasão russa, Shishimarin viajava com outros quatro militares em um carro roubado após seu comboio ter sido atacado na região de Sumy. Um dos soldados teria então ordenado que Shishimarin atirasse em Shelipov, que passava de bicicleta, para que ele não os denunciasse. A vítima morreu na hora, a poucos passos de sua casa. Em depoimento no julgamento de primeiro grau, o réu disse que inicialmente se recusara a disparar contra o ucraniano, mas que acabou cedendo após ter sido ameaçado por outro soldado, que não foi identificado. Além disso, o militar pediu desculpas à esposa do civil, Kateryna Shelipova. "Sei que você não será capaz de me perdoar, mas eu peço perdão mesmo assim", declarou Shishimarin, que é natural de Irkutsk, na Sibéria.
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