Ucrânia diz que prioridade é manter linha de frente

Arquivado em:
Publicado Sexta, 17 de Fevereiro de 2023 às 10:11, por: CdB

Amparada por dezenas de milhares de reservistas, a Rússia tem intensificado ataques terrestres no sul e no leste da Ucrânia à medida que se aproxima o primeiro aniversário do início da guerra em 24 de fevereiro.


Por Redação, com Reuters - de Kiev


As forças russas intensificaram ataques ao longo das linhas de frente no leste da Ucrânia nesta sexta-feira, dia em que políticos e líderes militares de todo o mundo vão se reunir na Alemanha para uma conferência de segurança.




ucrania.jpg
As forças russas intensificaram ataques ao longo das linhas de frente no leste da Ucrânia

Amparada por dezenas de milhares de reservistas, a Rússia tem intensificado ataques terrestres no sul e no leste da Ucrânia à medida que se aproxima o primeiro aniversário do início da guerra em 24 de fevereiro.


Uma grande nova ofensiva russa parece estar tomando forma e o governador da região de Luhansk, no leste da Ucrânia, relatou um aumento significativo nos ataques russos nesta sexta-feira ao longo das linhas de frente.


– Hoje está bastante difícil em todas as direções porque o número de ataques aumentou significativamente, o bombardeio também aumentou muito, mesmo com a força aérea – disse o governador, Serhiy Haidai, a uma emissora de televisão ucraniana.


– Há tentativas constantes de romper nossas linhas de defesa – afirmou ele sobre os combates perto da cidade de Kreminna.



Rússia lançou mísseis na Ucrânia


A Rússia lançou mísseis na Ucrânia na quinta-feira e atingiu sua maior refinaria de petróleo. Dos cerca de 36 mísseis que a Rússia disparou, cerca de 16 foram abatidos, disse a força aérea ucraniana, uma taxa menor do que o habitual.


Não houve declaração por parte da Rússia sobre os últimos combates ou ataques com mísseis, e a Reuters não pôde confirmar de forma independente os relatos do campo de batalha.


A Ucrânia disse que o ataque de quinta-feira incluiu mísseis que suas defesas aéreas não podem abater, o que aumentará a urgência de seus apelos por mais apoio militar ocidental.


O chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente francês, Emmanuel Macron, e a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, estão entre as muitas autoridades de alto escalão presentes na Conferência de Segurança de Munique.


A reunião do ano passado aconteceu dias antes do início da guerra. Enquanto as tropas russas se concentravam nas fronteiras da Ucrânia, os líderes ocidentais em Munique exigiram que o presidente russo, Vladimir Putin, não invadisse e fizeram advertências sobre consequências se Moscou avançasse sobre o território vizinho.


Líderes enfrentarão as consequências


Este ano, os líderes enfrentarão as consequências da decisão de Putin de ignorar os alertas. A guerra na Ucrânia é a mais devastadora na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.


Os líderes russos não participarão da conferência, que vai até domingo, mas espera-se que autoridades ucranianas discursem.


O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse em vídeo à noite que sua prioridade é conter os ataques russos e se preparar para uma eventual contraofensiva ucraniana.


– Manter a situação no front e preparar-se para quaisquer passos de escalada do inimigo, essa é a prioridade para o futuro próximo – declarou ele.


Autoridades dos Estados Unidos aconselharam a Ucrânia a adiar qualquer contraofensiva até que o mais recente suprimento de armamentos norte-americanos esteja disponível e o treinamento seja fornecido.



Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo