O mandado emitido em janeiro deste ano pelo procurador Jack Smith, que investiga a conduta de Trump para reverter a vitória de Joe Biden em 2020, pedia acesso à conta “@realDonaldTrump”.
Por Redação, com Poder360 - de Washington
A rede social X (ex-Twitter) negou entregar informações sobre a conta do ex-presidente norte-americano Donald Trump ao procurador responsável pelas investigações sobre a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, de acordo com documentos judiciais revelados na quarta-feira.
O mandado emitido em janeiro deste ano pelo procurador Jack Smith, que investiga a conduta de Trump para reverter a vitória de Joe Biden em 2020, pedia acesso à conta “@realDonaldTrump”, mas a resistência inicial da plataforma em entregar os dados resultou em uma multa de US$ 350 mil para a empresa. A multa foi aplicada por um tribunal federal nos EUA.
“Embora o Twitter tenha cumprido o mandado, a empresa não apresentou totalmente as informações solicitadas até três dias depois do prazo determinado pelo tribunal (…) O tribunal distrital considerou que o Twitter havia desacatado e impôs uma sanção de US$ 350 mil por seu atraso”, revela o processo divulgado na quarta-feira pelo Tribunal de Apelações de Washington.
Reverter o resultado da eleição de 2020
Em 1º de agosto, o ex-presidente foi indiciado na investigação sobre seus esforços para reverter o resultado da eleição de 2020, incluindo a incitação de apoiadores à invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Na época, Trump usou sua conta na rede social para promover falsas acusações de fraude eleitoral, chamando seus apoiadores a Washington para protestar contra o resultado que elegeu Joe Biden.
O indiciamento apresentado por Smith no início de agosto acusou o republicano formalmente de conspirar contra o país e contra os direitos dos cidadãos norte-americanos, entre outras denúncias. Em primeira audiência sobre o processo, Trump se declarou inocente das acusações. A próxima audiência está prevista para 28 de agosto.