Trabalhadores dos Correios iniciam paralisação

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Publicado Segunda, 16 de Agosto de 2021 às 11:59, por: CdB

 

Os trabalhadores ecetistas chamam a atenção para o risco de monopólio dos Correios que passaria a ser um monopólio privado. Afirmam também que a empresa é, ao mesmo tempo, lucrativa, eficiente e com enraizamento nas pequenas cidades, dando conta de serviços de entrega de remédios à urnas eleitorais.

Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília

A paralisação dos trabalhadores dos Correios está marcada para começar nesta terça-feira. A proposta da greve é convergir com a paralisação nacional dos servidores públicos, marcada para a quarta contra a reforma administrativa.
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Proposta da greve é convergir com paralisação nacional dos servidores públicos
Após aprovação do Projeto de Lei (PL) 591/2021, que privatiza a empresa pública, na Câmara dos Deputados, o projeto segue para o Senado. Tal decisão foi tomada em plenária nacional da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect). Além do risco de privatização, a greve debate também o andamento da campanha salarial 2021/2022. No Paraná, uma das estratégias do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sinticom) é a tentativa de agenda com os três senadores do estado, todos eles do partido Podemos: Álvaro Dias, Flávio Arns e Oriovisto Guimarães. “É preciso dialogar com eles e convencê-los de que a privatização dos Correios trará prejuízos para toda a nação brasileira e deixará milhares de trabalhadores desempregados e outros completamente precarizados”, afirma o sindicato em nota. Dias, por exemplo, historicamente sempre teve posição vacilante sobre o tema da privatização. Foi contra a tentativa de privatização da Copel de energia, no ano de 2001. Porém, coloca-se ao lado de governos de iniciativa privatista. Os trabalhadores ecetistas chamam a atenção para o risco de monopólio dos Correios que passaria a ser um monopólio privado. Afirmam também que a empresa é, ao mesmo tempo, lucrativa, eficiente e com enraizamento nas pequenas cidades, dando conta de serviços de entrega de remédios à urnas eleitorais. Entre as medidas do PL, o risco de demissões é colocado como preocupação. – O período de estabilidade de 18 meses, previsto no relatório de privatização, será usado para que os trabalhadores possam transferir conhecimento e, logo depois, serem demitidos para que o futuro explorador dos Correios contrate mão de obra precária, uberizada, sem direitos e sem vínculos, a exemplo do que as grandes redes varejistas já fazem hoje – destacou Alexsander Menezes, diretor do Sinticom. De acordo com o site da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a greve também se coloca contra a retirada de itens Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos ecetistas, 50 entre 79 benefícios teriam sido retirados por decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) durante a campanha salarial de 2020.
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