Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Torres é preso e será interrogado sobre ligação com Bolsonaro

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Sábado, 14 de Janeiro de 2023 às 10:55, por: CdB

Torres embarcou na noite passada do aeroporto de Miami (FL-EUA) com destino a Brasília, onde chegou por volta das 7h30. A Polícia Federal (PF) já o aguardava no desembarque, de onde foi levado para o 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará (DF). Após a audiência de custódia a que tem direito, o preso será interrogado por agentes da PF.

Por Redação - de Brasília
Ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), o delegado Anderson Torres foi preso na manhã deste sábado ao retornar da viagem aos Estados Unidos, onde teria se encontrado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em meio aos atos terroristas que vandalizaram as sedes dos Três Poderes, no último domingo.
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Anderson Torres encontra-se preso por suspeita de participação nos atos terroristas ocorridos na Praça dos Três Poderes
Torres embarcou na noite passada do aeroporto de Miami (FL-EUA) com destino a Brasília, onde chegou por volta das 7h30. A Polícia Federal (PF) já o aguardava no desembarque, de onde foi levado para o 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará (DF). Após a audiência de custódia a que tem direito, o preso será interrogado por agentes da PF sobre sua possível ligação com os eventos do último dia 8 de janeiro. Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes ordenou a prisão de Torres após o ataque de vândalos contra prédios públicos. Torres entra para a História como o primeiro a ocupar o cargo de ministro da Justiça a ser preso desde a redemocratização e o primeiro integrante do governo Bolsonaro encarcerado após os atos terroristas.

Decreto

O delegado federal reassumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do DF no dia 2 de janeiro e saiu de férias para os EUA cinco dias depois. Torres não se encontrava no país durante o ato de violência contra os prédios do STF, Congresso e Palácio do Planalto. O então secretário foi exonerado do cargo por Ibaneis Rocha (MDB) no domingo, horas antes de o emedebista ser afastado do governo do Distrito Federal. Além de sua prisão, Moraes determinou buscas na residência do ex-ministro, onde encontrou a minuta de um decreto que, se assinado por Bolsonaro, significaria o fim da democracia brasileira. O documento é peça decisiva no estabelecimento de um plano golpista, em marcha desde a derrota de candidato da ultradireita, nas últimas eleições. A prisão de Torres coloca o ex-mandatário fascista Jair Bolsonaro em situação ainda mais delicada, com aumento substancial no risco de sofrer medidas mais duras por parte da Justiça. A cadeia de comando da tentativa frustrada de um golpe de Estado, no país, coloca Torres e Bolsonaro no alto da hierarquia na organização do quebra-quebra na Praça dos Três Poderes.
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