Tocantins: polícia investiga crimes de fraude à licitação e organização criminosa

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Publicado Quarta, 22 de Junho de 2022 às 09:46, por: CdB

A organização social recebeu aproximadamente R$ 90 milhões durante a gestão dos aludidos hospitais no período de combate à covid-19, anos de 2020 e 2021, sendo a suspeita de que parte deste valor teria como destino os próprios envolvidos.

Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a Operação Ophiocordyceps, com o objetivo de apurar possíveis crimes de fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro praticados por empresários no Estado do Tocantins.
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A ação criminosa teria a participação de agentes públicos e empresários da região
Cerca de 25 policiais federais cumpriram sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Brasília/DF, Belém/PA, Goiânia/GO e São Paulo/SP, todos expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal do Tocantins. A partir de Nota Técnica emitida pela CGU, a Polícia Federal iniciou as investigações para apurar suspeitas de que uma organização social contratada para o gerenciamento de leitos clínicos e de UTI no HECC, Hospital Estadual de Combate à Covid-19, HGP, Hospital Geral de Palmas e HRG, Hospital Regional de Gurupi teria superfaturado o valor dos insumos e dos serviços prestados. A organização social recebeu aproximadamente R$ 90 milhões durante a gestão dos aludidos hospitais no período de combate à covid-19, anos de 2020 e 2021, sendo a suspeita de que parte deste valor teria como destino os próprios envolvidos.

Superfaturamento

O suposto esquema envolveria superfaturamento, sobrepreço, pagamento por serviço não prestado ou pagamento em duplicidade e subcontratação de empresas de fachada localizadas em outros estados da federação. A ação criminosa teria a participação de agentes públicos e empresário vinculados à citada organização social. Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude à licitação e organização criminosa, com penas que somadas, podem chegar a 23 anos de reclusão, além da perda de bens e valores suficientes para a reparação do dano decorrente das infrações penais. O nome “Ophiocordyceps” (fungo parasitário que controla o sistema nervoso de insetos) remete à forma como o sistema de combate ao covid-19 no Estado do Tocantins teria sido dominado pela suposta organização criminosa.
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