A decisão da Anvisa é aplicada apenas para lotes específicos dos dois imunizantes. Em relação à vacina russa, a importação de doses será restrita para o equivalente a 1% da população de cada um dos seis Estados que solicitaram a importação.
Por Redação - de Brasília e São Paulo
Depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar, na noite passada, com restrições, a importação das vacinas anti-Covid Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, e Sputnik V, do russo Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia, este último sinalizou que pretende recorrer da decisão, para que possa comercializar, livremente, o seu imunizante.
A decisão da Anvisa, contudo, aplica-se apenas para lotes específicos dos dois imunizantes e não configura a autorização para uso emergencial na população brasileira. Em relação à vacina russa, a importação de doses será restrita para o equivalente a 1% da população de cada um dos seis Estados que solicitaram a importação: Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe. Já no caso da Covaxin, foram autorizadas a importação de quatro milhões de doses.
Aprovação
A mudança na posição anterior, que havia sido de rejeição da importação, foi causada por conta de novos documentos recebidos pela Anvisa. No entanto, segundo os técnicos, ainda há várias incertezas técnicas na produção e nos dados apresentados pelos próprios laboratórios. Por isso, a aplicação dessas doses deve seguir um protocolo de uso controlado.
Atualmente, o Brasil tem a aprovação de quatro vacinas anti-Covid: a CoronaVac, da Sinovac Biotech e que é produzida localmente pelo Instituto Butantan; a Vaxzevria, da Universidade de Oxford e AstraZeneca e que será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz; a Cominarty, da Pfizer/BioNTech; e o imunizante da Janssen.