Soro de leite, restos de frango e de presunto são vendidos aos pobres

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Publicado Quarta, 13 de Julho de 2022 às 12:35, por: CdB

No Capão Redondo, Zona Sul da capital paulista, repórteres do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP) encontraram ao lado do feijão comum o chamado "feijão fora do tipo", composto por 70% de grãos inteiros e 30% feijão bandinha (fragmentado), segundo o site da marca Solito Alimentos. A venda dele é autorizada desde que esteja identificado.

Por Redação, com FSP - de São Paulo
Além do soro do leite, vendido como alternativa ao longa vida diante da disparada de preços, mercados nas periferias de São Paulo têm comercializado itens como feijão fora do tipo, pontas de frios — bandejas com restos de queijo e presunto — restos de carcaças e pele de frango.
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Nos açougues e mercados da Zona Sul paulista, a venda de restos e carcaças prospera entre os pobres
No Capão Redondo, Zona Sul da capital paulista, repórteres do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP) encontraram ao lado do feijão comum o chamado "feijão fora do tipo", composto por 70% de grãos inteiros e 30% feijão bandinha (fragmentado), segundo o site da marca Solito Alimentos. A venda dele é autorizada desde que esteja identificado, "cumprindo as exigências de marcação e rotulagem". No estabelecimento, esse tipo de feijão saía a R$ 8,48, enquanto o carioca tradicional da mesma marca custava R$ 9,98. Na mesma loja, pontas de frios eram vendidas como promocionais, com pedaços de restos de queijo.

Diferença

No Grajaú, também na Zona Sul, mercados e açougues vendiam carcaça e pele de frango em sacos plásticos e bandejas. No mercado Fonte Nova, em Guarulhos, na Grande São Paulo, uma caixa de leite varia de R$ 8 a R$ 10. Por ali, subprodutos como soro de leite e misturas condensadas se tornaram a alternativa mais barata. — A qualidade não é a mesma, e honestamente não gosto de consumi-los, porém necessito levar algum leite para casa — disse aos repórteres uma aposentada de 53 anos, moradora do Jardim Cocaia, que pediu para não ser identificada. Ela paga, no máximo, R$ 7 por um litro do soro. A diferença de preço faz diferença no fim do mês. — Troco os produtos senão não dá para comprar. Diariamente os valores aumentam nos supermercados. É impossível manter a mesma qualidade de vida com a situação atual — resumiu a assistente administrativa Patrícia Ribeiro, 38, moradora do bairro Maranhão, na Zona Leste da capital.
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