O atentado de quarta-feira ao quartel dos militares italianos no Iraque "voltou às atenções do mundo para a necessidade de contribuir com a democratização" deste país, disse nesta sexta-feira o premier italiano, Silvio Berlusconi.
Berlusconi sustentou que está em jogo a "criação do que seria a primeira democracia na região".
O atentado contra o quartel italiano em Nassíria mostra a "necessidade de se construir de modo urgente um sistema de autogoverno que possa assumir a responsabilidade da administração, criando uma democracia", ressaltou o premier.
O ministro de Defesa, Antonio Martino, afirmou que, no seu ponto de vista, a missão italiana no Afeganistão era mais perigosa que a do Iraque.
- Quando se fala em risco - afirmou - se indica o grau de gravidade e de probabilidade. A gravidade da ação era grande, mas a probabilidade verificada, era baixa. Por isto, consideramos que o risco era baixo - concluiu Martino.
Entretanto, um novo contingente de 75 membros das forças italianas, abandonou nesta sexta-feira seu país rumo ao Iraque, segundo o quartel-general desse corpo militar.
Outros 50 militares partiram nesta quinta-feira, como já era previsto.
A Itália decidiu manter sua presença militar no Iraque, apesar das reclamações da oposição e de parte da opinião pública que querem o retorno dos soldados.
O atentado suicida que na quarta-feira deixou 27 mortos em Nassíria (sul do país ocupado), entre eles, nove iraquianos e 18 italianos, dos quais 16 eram militares. Outra vítima, a 19ª, um jovem soldado italiano, está em coma.
Rio de Janeiro, Segunda, 29 de Abril de 2024
Silvio Berlusconi pede a 'urgente democratização' do Iraque
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Publicado Sábado, 15 de Novembro de 2003 às 06:34, por: CdB
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