Show de Caetano Veloso inaugura Areninha Cultural Terra, em Guadalupe

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Publicado Quarta, 13 de Dezembro de 2023 às 14:13, por: CdB

A Secretaria Municipal de Cultura  (SMC) está transformando todas as suas lonas em areninhas como parte do programa Cultura do Amanhã. Outras três já foram entregues este ano.


Por Redação, com ACS - de Rio de Janeiro


No dia de Nossa Senhora de Guadalupe, Caetano Veloso soltou a voz no evento que marcou a inauguração da Areninha Cultural Terra, em Guadalupe, bairro da Zona Norte da cidade. Com direito a banda e aplausos de mais de 700 pessoas, o show gratuito de terça-feira  começou embalado por Avarandado (1967), depois das boas-vindas do secretário municipal de Cultura, Marcelo Calero.




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Caetano Veloso viveu um ano em Guadalupe durante a sua adolescência

– As areninhas não são espaços apenas para  usufruir, mas para produzir cultura  A areninha serve para assistir a espetáculos, mas também para servir de celeiro de cultura – destacou Calero, acompanhando no palco pela sua subsecretária executiva, Mariana Ribas; pela gerente de Lonas, Arenas e Areninhas, Elaine Rosa; e pelo subprefeito da Zona Norte, Diego Vaz.


Ao longo da noite, Caetano, que morou em Guadalupe por um ano, quando ainda era adolescente, revisitou as canções da sua mais nova turnê, Meu Coco, além de grandes sucessos, ao som do baticum dos percussionistas Kainã do Jêje e Thiago da Serrinha, orquestrado sob a direção musical de Lucas Nunes (guitarra e violão) e Pretinho da Serrinha.


Meu Coco é baseada no álbum homônimo de outubro de 2021, primeiro disco de músicas inéditas do cantor desde Abraçaço (2012). Tal como o álbum, o show segue por 26 composições, passando por  Anjos tronchos (2021), Baby (1968), Sampa (1978) e Cajuína (1979).


Caetano coroou os moradores de Guadalupe com Lua de São Jorge (1979), a dançante Odara” (1977) e a derradeira A Luz de Tieta.


A relação do cantor e compositor com Guadalupe foi revelada na música Pé do Meu Samba, feita para Mart’nália. E também na canção Meu Rio, na qual ele cita o bairro e diz: “Guadalupe em mim é Fundação” e “Perto da favela do Muquiço”.


– Estou neste palco para dizer que nasci aqui. Eu passei dos 13 aos 14 anos em Guadalupe, mas que não tinha esse nome. Pessoas da minha  família estão aqui na plateia hoje – contou Caetano.



Lonas transformadas em areninhas


A Secretaria Municipal de Cultura  (SMC) está transformando todas as suas lonas em areninhas como parte do programa Cultura do Amanhã. Outras três já foram entregues este ano: Herbert Vianna, na Maré; Sandra Sá, em Santa Cruz, e João Bosco, em Vista Alegre. Em 2024, será a vez das Lonas Carlos Zéfiro, em Anchieta, e Jacob do Bandolim, em Jacarepaguá.


Na prática, a transformação significa a substituição das antigas lonas por uma estrutura fixa com isolamento acústico, climatização, além de outras melhorias, para garantir mais qualidade e conforto tanto para o público quanto para os artistas. A estrutura de areninha inclui todos os requisitos de acessibilidade e prevenção de incêndio.


Os recursos para obras no plano de investimentos de 2023 – Viva a Cultura Carioca – estão concentrados no programa Cultura do Amanhã, que destina R$ 75 milhões para a modernização de mais de 20 equipamentos mantidos pela pasta.



Teatros Ipanema e Ziembinski entram em reformas


Uma relação de amor à arte. Assim pode ser definida a amizade que uniu, desde os anos 50, os amantes de teatro Rubens Corrêa e Ivan de Albuquerque. Sócios por quase 30 anos do Teatro Ipanema, construído no terreno onde ficava a casa da mãe de Rubens Corrêa, os dois serão homenageados pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC), que batizará o espaço com os seguintes nomes: Teatro Rubens Corrêa e Sala de Espetáculos Ivan de Albuquerque.


Na terça-feira, o secretário de Cultura, Marcelo Calero, visitou e apresentou as obras de reforma, modernização e requalificação do Teatro Ipanema, cuja previsão de reabertura com o novo nome é no próximo ano. A reforma faz parte do pacote do programa Cultura do Amanhã, anunciado em maio, com recursos na ordem de aproximadamente R$ 75 milhões, para reformar, modernizar e requalificar mais de 20 equipamentos culturais do município.


– A requalificação do Teatro Ipanema, agora Teatro Rubens Corrêa, é mais que uma reforma. É uma homenagem à história e à memória teatral e cultural do Rio. Este empreendimento, parte do programa Cultura do Amanhã, reforça o compromisso da Prefeitura do Rio, via Secretaria de Cultura, com a arte acessível, democrática e com a preservação da nossa extensa rede de equipamentos culturais – afirmou Marcelo Calero.


Entre as melhorias estão previstas a repaginada da fachada, no acesso principal e acessibilidade para público, artistas e equipe técnica, além de novas poltronas, incluindo PCDs, obesos e pessoas com mobilidade reduzida, e revisão no sistema de climatização.



Teatro Ziembinski também entra em obras


Fundado pelo ator e diretor Walmor Chagas, o Teatro Ziembinski, na Tijuca, também entrou em obras e deverá reabrir em meados de 2024. As reformas preveem não só a recuperação, mas toda a revitalização do entorno, requalificando sua praça. A ideia é, inclusive, ter um palco externo.


A fachada principal também será totalmente repaginada, com a instalação de um exoesqueleto e rampa de leve inclinação, além de o espaço ganhar novo piso e nova pintura em toda a extensão do foyer até a plateia e nova cabine de luz e som centralizada com o palco.


Acessibilidade, modernização de instalações elétricas e de controle de fogo/incêndio são prioridades. As obras somam quase R$ 5 milhões.




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