Os servidores da Fasc denunciam que, por ser uma categoria questionadora e que cobra qualidade nas condições de atendimento, vêm sofrendo assédio moral
Por Redação, com RBA - de Porto Alegre:
Servidores municipais de Porto Alegre completaram 14 dias em greve nesta quarta-feira. A categoria reage ao parcelamento de salários e ao projeto de lei que retira direitos enviado à Câmara pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB). Denunciam também um desmonte dos serviços públicos da capital gaúcha.
Na noite de terça-feira, os trabalhadores decidiram em assembleia manter a greve. Durante a manhã de ontem, protestaram em frente à Fundação de Assistência Social e Cidadania de Porto Alegre (Fasc).
Houve "trancaço" na Avenida Ipiranga, uma das principais vias da capital gaúcha, e marcha até a prefeitura, com gritos de "Fora, Marchezan". "A política de assistência social vem sofrendo um desgaste e um desmonte", denuncia a pedagoga Ângela Aguiar, em entrevista ao repórter Guilherme Oliveira, para a TVT.
Em menos de um ano na prefeitura, já repassou a gestão de 10 abrigos públicos para entidades privadas. Apenas dois abrigos continuam sendo administrados pelos servidores da Fasc.
Serviços da fundação
Uma parte dos serviços da fundação também foi terceirizada e alguns têm sofrido interrupções devido aos atrasos em repasses. "Todos os acessos aos serviços que a Fasc fazia está sendo delegado de novo para organizações vinculadas às igrejas", explica a assistente social Marta Borba.
– A gente vem sofrendo com a falta de pagamento dos servidores e também aos serviços de luz; água, telefone e até trabalhadores terceirizados, como porteiros e cozinheiras, não estão sendo pagos – reforça a advogada Jucemara Beltrame.
Os servidores da Fasc denunciam que, por ser uma categoria questionadora e que cobra qualidade nas condições de atendimento; vêm sofrendo assédio moral e transferidos de local de trabalho sem discussão prévia.