EUA acusam Rússia de ter usado arma química contra Ucrânia

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Publicado Quinta, 02 de Maio de 2024 às 10:46, por: CdB

A substância é uma arma química que foi utilizada durante a Primeira Guerra Mundial e cujo composto letal ataca os pulmões e atua como o gás lacrimogêneo. O agente químico em questão foi utilizado pela primeira vez em agosto de 1916, pelas forças russas, contra os alemães, sendo depois utilizada por todas as nações.


Por Redação, com RTP - Washington


Os Estados Unidos acusam a Rússia de ter usado cloropicrina contra as forças ucranianas, violando as regras da Convenção sobre Armas Químicas (conhecida pela sigla CWC). Washington também anunciou novas sanções a Moscou, nas últimas horas.




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Rússia assegura que já não possui arsenal químico militar

O Departamento de Estado norte-americano anunciou, na quarta-feira, que apresentará ao Congresso uma decisão, nos termos da Lei de 1991 sobre o Controle de Armas Químicas e Biológicas e a Eliminação de Guerras (Lei CBW), relativa à suposta utilização pela Rússia do agente químico cloropicrina contra as tropas ucranianas.


A substância é uma arma química que foi utilizada durante a Primeira Guerra Mundial e cujo composto letal ataca os pulmões e atua como o gás lacrimogêneo. O agente químico em questão foi utilizado pela primeira vez em agosto de 1916, pelas forças russas, contra os alemães, sendo depois utilizada por todas as nações.


Ainda segundo o comunicado do Departamento de Estado dos EUA, além desta arma química, as forças russas usaram também “agentes de controle de distúrbios [gás lacrimogéneo] como métodos de guerra na Ucrânia, também em violação da CWC”.


“O uso de tais produtos químicos não é um incidente isolado e é provavelmente motivado pelo desejo das forças russas de desalojar as forças ucranianas de posições fortificadas e avançar no campo de batalha”, lê-se na nota.



Sanções


No mesmo documento, Washington anunciou também que foram impostas sanções a mais de 80 entidades e indivíduos, incluindo envolvidos no desenvolvimento da futura capacidade de produção e exportação de energia, metais e minas da Rússia, na evasão e contorno de sanções e na promoção da capacidade da Rússia para travar a guerra contra a Ucrânia.


Além das empresas de defesa russas e de algumas entidades chinesas, estas sanções também se devem às várias unidades de investigação e empresas envolvidas em programas russos de desenvolvimento de armas químicas e biológicas. Entre estas ações, o Departamento de Estado também está sancionando mais três indivíduos relacionados com a morte de Aleksey Navalny na Colónia Penal Russa IK-3.


“O desrespeito contínuo da Rússia pelas suas obrigações é consistente com as operações para envenenar Alexei Navalny e Sergei e Yulia Skripal com agentes químicos do tipo Novichok”, disse ainda o departamento de Estado.


Todos os alvos estão designados nos termos da Ordem Executiva que “autoriza sanções relativamente a atividades estrangeiras prejudiciais específicas do Governo da Federação Russa”.



Rússia nega


A Rússia assegura que já não possui arsenal químico militar, mas está sendo pressionada para garantir mais transparência sobre o uso de armas tóxicas de que é acusada.


“Em conformidade com a Lei CBW, o Departamento voltou a impor restrições ao financiamento militar estrangeiro, às linhas de crédito do Governo dos Estados Unidos e às licenças de exportação para artigos de defesa e itens sensíveis à segurança nacional destinados à Rússia”, acrescenta o comunicado.


No comunicado, o Departamento de Estado norte-americano informa que os Estados Unidos “continuarão a utilizar os instrumentos de que dispõem para interromper o apoio à base militar-industrial da Rússia e a limitar a utilização pela Rússia do sistema financeiro internacional para promover a guerra contra a Ucrânia”.


“Continuamos a ser solidários com os russos que lutam por um futuro mais democrático e com os ucranianos que defendem a sua pátria da agressão da Rússia”.






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