O Facebook disse em abril ter adotado ações contra contas falsas que estavam espalhando desinformações sobre a eleição francesa
Por Redação, com Reuters - de São Francisco:
Agentes de inteligência da Rússia tentaram espionar a campanha eleitoral do presidente da França, Emmanuel Macron, no início deste ano criando perfis falsos no Facebook, de acordo com um congressista dos Estados Unidos e duas outras pessoas a par do esforço.
Cerca de duas dezenas de contas de Facebook foram criadas para vigiar membros da campanha de Macron e outras pessoas próximas do ex-financista, então empenhado em derrotar a nacionalista de extrema-direita Marine Le Pen e outros adversários na eleição de dois turnos. Disseram as fontes. Macron venceu por larga margem de vantagem em maio.
O Facebook disse em abril ter adotado ações contra contas falsas que estavam espalhando desinformações sobre a eleição francesa. Mas o esforço para penetrar nas contas das redes sociais de funcionários de Macron não havia sido relatado anteriormente.
A Rússia tem negado repetidamente qualquer interferência na votação francesa por meio de invasões cibernéticas e vazamento de emails e documentos. Agências de inteligência dos EUA disseram à agência inglesa de notícias Reuters em maio que hackers com ligações com o governo russo estavam envolvidos. Mas não terem provas conclusivas de que o Kremlin ordenou as invasões.
O Facebook confirmou à Reuters que detectou contas de espionagem na França e as desativou. A empresa creditou as descobertas a uma combinação de detecção automatizada aprimorada. Uma intensificação nos esforços humanos para encontrar ataques sofisticados.
Funcionários do Facebook informaram membros e funcionários de comitês congressistas. Entre outros, sobre as descobertas. Pessoas envolvidas nas conversas também contaram que o número de contas do Facebook suspensas na França por divulgarem propaganda ou spam. Grande parte com relação à campanha. Subiu para 70 mil, um grande salto em relação ao fechamento de 30 mil perfis que a empresa revelou em abril.
O Facebook não questionou a cifra.