Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Rússia denuncia que EUA e seus aliados querem derrubar o presidente da Venezuela

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Terça, 29 de Janeiro de 2019 às 10:00, por: CdB

Lavrov acrescentou que essa circunstância "não elimina a necessidade de defender o direito internacional com todos os meios existentes" e ressaltou que a Rússia, ao lado de outros membros responsáveis da comunidade internacional, "fará tudo para apoiar o governo legítimo do presidente Maduro".

Por Redação, com EFE - de Moscou

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, denunciou nesta terça-feira que os Estados Unidos e seus aliados mais próximos buscam abertamente a derrubada do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como demonstram as últimas "sanções ilegais" contra a companhia petrolífera do país latino-americano.
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Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov
– Nos causa alarde que os Estados Unidos e seus aliados mais próximos em relação à Venezuela, em violação de todas as normas internacionais, de fato busquem abertamente a derrubada do governo legítimo do país latino-americano – disse o ministro russo em entrevista coletiva. Lavrov acrescentou que essa circunstância "não elimina a necessidade de defender o direito internacional com todos os meios existentes" e ressaltou que a Rússia, ao lado de outros membros responsáveis da comunidade internacional, "fará tudo para apoiar o governo legítimo do presidente Maduro". – Temos informação que os dirigentes do movimento opositor (venezuelano) que proclamou dualidade de poder recebem instruções de Washington para que não façam nenhum tipo de concessão enquanto o regime não cair – disse o ministro russo. Lavrov destacou que as últimas sanções impostas pelos Estados Unidos e outros países contra Caracas não só agravam a crise venezuelana, mas "incentivam a oposição a cometer ações ilegais". – Hoje recebemos notícias de novas sanções, do congelamento das contas do Banco Central e do governo da Venezuela. Infelizmente, os Estados Unidos têm experiência em cometer ilegalidades com o dinheiro alheio – disse Lavrov. O ministro russo lembrou que Washington já congelou ativos de Iraque, Líbia, Irã, Cuba, Nicarágua e Panamá, ações que "na maioria dos casos supôs o confisco de recursos de um governo alheio". Lavrov também se referiu à anotação "5 mil soldados para a Colômbia" que o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, tinha em seu caderno durante a entrevista coletiva na qual foram anunciadas sanções contra a companhia estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), e que foi captada pelas câmeras. – Nessas anotações figurava a frase '5 mil soldados para a Colômbia'. Isto também dá uma certa ideia, sobretudo quando nos Estados Unidos e em outros países se ouvem chamados para utilizar países vizinhos da Venezuela para uma intervenção direta com o pretexto de uma grave crise humanitária – concluiu o ministro russo.
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