Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Rússia amplia ataques até perto da Polônia, mas segue negociando

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Domingo, 13 de Março de 2022 às 11:24, por: CdB

De acordo com o governador regional Maksim Kozitski, houve 35 vítimas fatais e 134 feridos após aviões russos dispararem cerca de 30 foguetes contra o Centro Internacional de Manutenção da Paz e Segurança de Lavoriv. A instalação de 360 ​km² é uma das maiores da Ucrânia e a maior da parte ocidental do país.

Por Redação, com agências internacionais - de Lviv e Moscou
As forças russas abriram fogo, neste domingo, contra um centro de treinamento militar nos arredores da cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, a menos de 25 quilômetros da fronteira com a Polônia — país-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) —, afirmaram autoridades locais.
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Militar ucraniano ferido no ataque a uma instalação do Exército recebe atendimento médico
De acordo com o governador regional Maksim Kozitski, houve 35 vítimas fatais e 134 feridos após aviões russos dispararem cerca de 30 foguetes contra o Centro Internacional de Manutenção da Paz e Segurança de Lavoriv. A instalação de 360 ​km² é uma das maiores da Ucrânia e a maior da parte ocidental do país. Instrutores militares estrangeiros já trabalharam na base, segundo o governo ucraniano — não ficou claro se algum deles estava lá no momento, mas, segundo a mídia ucraniana, eles já haviam deixado o local em fevereiro. A Ucrânia realizou a maioria de seus treinamentos militares com os países da Otan antes da invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro. Os últimos grandes exercícios foram em setembro.

Perigoso

Os ataques perto da fronteira com a Polônia são especialmente preocupantes porque o país vizinho à Ucrânia é membro da Otan. De acordo com o artigo Quinto do Tratado da Aliança Militar, a organização é obrigada a defender qualquer Estado-membro que seja atacado, algo que gera temores de uma Terceira Guerra Mundial. O governo polonês tem insistido em uma ação mais incisiva do grupo contra os russos. Neste domingo, o presidente Andrzej Duda disse que de Moscou estiver usando armas químicas na Ucrânia a Otan deve repensar seu papel no conflito, "porque aí começa a ficar perigoso não só para uma parte da Europa, mas para o mundo todo". A afirmação veio após a comissária de direitos humanos do Parlamento da Ucrânia, Liudmila Denisova, acusar a Rússia de usar munições de fósforo branco durante um ataque noturno à pequena cidade de Popasna, na porção leste do país.

Negociações

Apesar do aumento na escalada do conflito, Moscou e Kiev deram os sinais mais otimistas até aqui, dizendo que as negociações podem levar a um acordo "nos próximos dias”. A primeira manifestação do lado ucraniano veio de Mikhailo Podoliako, que participa das negociações com o país vizinho e é conselheiro do presidente Volodimir Zelenski. Ele afirmou neste domingo que a Ucrânia não pretende recuar, mas disse que os diálogos têm avançado. — Não vamos ceder em princípio em nenhuma posição, a Rússia agora entende isso. (Mas) a Rússia já está começando a falar de forma construtiva — afirmou, em vídeo publicado em redes sociais. "Creio que alcançaremos alguns resultados literalmente em questão de dias. Nossas demandas são o fim da guerra e a retirada das tropas. Vejo um entendimento e há um diálogo", escreveu, em seguida, nas redes sociais.  
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