Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Rússia acusa Ucrânia de realizar novo ataque em Belgorod

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Terça, 19 de Abril de 2022 às 08:01, por: CdB

Segundo o governador local, Vyacheslav Gladkov, uma mulher ficou ferida em um bombardeio no vilarejo de Golovchino, a apenas 90 quilômetros de Kharkiv, segunda cidade mais populosa da Ucrânia e assediada pelas tropas russas.

Por Redação, com ANSA e Sputnik - de Moscou/Kiev

A Rússia acusou a Ucrânia nesta terça-feira de realizar mais um ataque aéreo na região de Belgorod, que fica na fronteira entre os dois países.
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Ataque contra depósito de petróleo em Belgorod, na Rússia, em 1º de abril
Segundo o governador local, Vyacheslav Gladkov, uma mulher ficou ferida em um bombardeio no vilarejo de Golovchino, a apenas 90 quilômetros de Kharkiv, segunda cidade mais populosa da Ucrânia e assediada pelas tropas russas. – A vítima está recebendo toda a assistência médica necessária – declarou Gladkov. Essa é a terceira vez que a Rússia acusa a Ucrânia de realizar ataques aéreos em Belgorod. No primeiro deles, em 1º de abril, o alvo foi um reservatório de petróleo; já no último dia 14, as forças de Kiev teriam bombardeado o vilarejo de Spodaryushino. A Ucrânia negou responsabilidade nos ataques anteriores, mas ainda não se pronunciou sobre a ação desta terça-feira.

EUA estão esgotando seu estoque de mísseis Javelin

Tendo transferido cerca de um terço do seu inventário de sistemas de mísseis antitanque Javelin para a Ucrânia, o Pentágono pode estar esgotando estoques críticos para a segurança nacional e possíveis guerras dos EUA no exterior, estima Mark Cancian, pesquisador do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

Em um comunicado de imprensa divulgado no início deste mês, o Pentágono anunciou que havia enviado à Ucrânia mais de 5.000 complexos Javelin.

As Forças Armadas dos EUA não divulgam o seu inventário dos sistemas antitanque que possuem, mas, de acordo com um documento desclassificado do Departamento de Defesa norte-americano, nos últimos 25 anos foram produzidos 37.739 desde que as empresas Raytheon e a Lockheed Martin começaram a fabricá-los em 1996.

Ao todo, 2.717 Javelin foram entregues às Forças Armadas dos EUA entre 2019 e 2021. O Pentágono planeja produção de mais 3.622 unidades entre 2022 e 2025.

Cancian estima que, ao contabilizar mísseis utilizados em treinamentos e testes das forças americanas, os militares dos EUA provavelmente tinham entre 20 mil e 25 mil Javelin em seu inventário antes de iniciar entregas à Ucrânia, o que reduziu este número pelo menos em um terço.

– Esta fração não parece muito, afinal dois terços do inventário permanecem. No entanto, estrategistas militares provavelmente estão ficando nervosos. Os EUA mantêm estoques para uma variedade de possíveis conflitos globais que podem ocorrer contra a Coreia do Norte, o Irã ou a própria Rússia. Em determinado momento, esses estoques ficarão reduzidos o suficiente para que os estrategistas militares questionem se os planos de guerra podem ser executados. Os EUA provavelmente estão se aproximando desse ponto – acredita o analista.

Com uma produção média de cerca de 1.000 Javelin por ano, o Pentágono garante que até 6.480 unidades podem ser feitas anualmente em situação de emergência.

No entanto, Cancian diz que essa taxa de produção levaria anos para ser alcançada, dado o tempo de entrega de 32 meses a partir do momento da encomenda do míssil até ele ser entregue.

– Isso significa que levará cerca de três ou quatro anos para repor os mísseis que foram entregues até agora – ressaltou.

Recentemente, os norte-americanos enviaram cinco aviões com "assistência militar" à Ucrânia, já tendo chegado quatro deles a Kiev. Entre as armas enviadas estão drones kamikaze Switchblade.

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