Rio lança segunda fase das obras contra enchentes na Grande Tijuca

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Publicado Sexta, 07 de Julho de 2023 às 14:19, por: CdB

Com o novo túnel, estima-se que 35 metros cúbicos por segundo de água que chegam à calha do Rio Maracanã seguirão para o desvio do Rio Joana, já construído, desaguando diretamente na Baía de Guanabara.


Por Redação, com ACS - de Rio de Janeiro


A prefeitura do Rio, por meio da Fundação Rio-Águas, vai licitar as obras da segunda fase do programa contra enchentes da Grande Tijuca: o desvio do Rio Maracanã. Serão mais de R$ 68,4 milhões em investimentos na prevenção de enchentes e alagamentos na região. Será construído um túnel para desviar as águas excedentes do Rio Maracanã. O aviso de licitação foi publicado no último dia 27, no Diário Oficial, e ocorre no ano em que se comemora dez anos do reservatório da Praça da Bandeira.




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Túnel do Rio Joana quando estava em construção e foi concluído em 2019

Com o novo túnel, estima-se que 35 metros cúbicos por segundo de água que chegam à calha do Rio Maracanã seguirão para o desvio do Rio Joana, já construído, desaguando diretamente na Baía de Guanabara. O desvio do Rio Maracanã operando em conjunto com o reservatório da Praça Varnhagen pode reduzir, aproximadamente, 75% do que chegaria ao Rio Maracanã, sob uma forte chuva.


O trajeto subterrâneo terá 1.030 metros de extensão, começando na altura da Praça Varnhagen, passando sob a Rua Felipe Camarão, seguindo pela Avenida Professor Manoel de Abreu, até desaguar no primeiro emboque do desvio do Rio Joana, próximo ao Estádio do Maracanã. As obras usarão um método não destrutivo, que possibilita que as escavações ocorram sob a via, sem necessidade de interferir no trânsito.



Operação dos reservatórios


As intervenções complementarão o sistema já implantado, composto por três reservatórios profundos e o desvio do Rio Joana. A operação dos reservatórios das praças Niterói e Varnhagen passará a ocorrer em conjunto com o novo desvio do Rio Maracanã. As águas da região da Praça Varnhagen seguirão primeiro para o desvio e depois serão amortecidas no reservatório. A entrada e saída da água será controlada por uma comporta.


Já o reservatório da Praça Niterói poderá ser esvaziado parcialmente por gravidade, por meio de uma saída das águas para o novo curso do Rio Maracanã, reduzindo a necessidade da operação com uso de bombas.


– Este ano, dez anos após a entrega do primeiro piscinão, daremos início à segunda fase do programa com o objetivo de controlar os alagamentos que ainda ocorrem na região do Maracanã e no Pólo Gastronômico da Tijuca. Serão 75% a menos de água no Rio Maracanã – explicou o engenheiro e presidente da Fundação Rio-Águas, Wanderson Santos.



Região ganhará melhorias na rede de drenagem


O projeto prevê ainda melhorias em galerias pluviais de ruas da região do Baixo Tijuca. Serão mais de 1.364 metros de novas galerias a serem implantadas nas ruas Maxwell, Dona Zulmira, dos Artistas, Santa Luiza, Dona Maria e Felipe Camarão.


As obras são fruto de parceria com o Governo Federal, por meio do Programa Drenagem Urbana e Controle de Erosão Marítima e Fluvial, do Ministério das Cidades, que repassará cerca de R$ 50 milhões para a execução dos projetos, contando ainda com contrapartida do município. A licitação da concorrência pública está marcada para 27 de julho.



Primeira fase do Programa contra enchentes da Grande Tijuca


A primeira fase do programa contra enchentes da Grande Tijuca construiu três grandes reservatórios subterrâneos e o desvio do Rio Joana, com um dos maiores túneis de drenagem urbana do Brasil, para evitar enchentes na região. Os conhecidos piscinões estão em operação e foram construídos sob as praças da Bandeira, Varnhagen e Niterói. Eles somam a capacidade de reservação de 118 milhões de litros de água, o que equivale a cerca de 50 piscinas olímpicas.


O desvio do Rio Joana também faz parte do sistema. Foi criado um segundo deságue para este rio, diretamente na Baía de Guanabara. São 3.412 metros de desvio, sendo 2.400 metros de túnel e 1.012 metros de galeria. O trajeto construído passa pelo Morro da Mangueira, São Cristóvão e deságua na baía.


O conjunto de intervenções eliminou os históricos alagamentos na Praça da Bandeira, que é um dos principais eixos viários da cidade, que liga o Centro à Zona Norte.




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