Ricardo Teixeira toma posse nesta quarta-feira e inicia o sexto mandato à frente da Confederação Brasileira de Futebol, garantindo mais seis anos de poder, até 2015. Reeleito por unanimidade em julho do ano passado em uma assembléia no Rio de Janeiro, com o apoio de todas as 27 federações e de 16 dos 20 representantes de clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, já é o dirigente que mais tempo comandou o futebol brasileiro superando João Havelange, que ficou de 1958 a 1974.
No fim do mandato, ele completará 25 anos como presidente da CBF. Mais até mesmo do que Havelange ficou no poder na Fifa: 24 anos, de 1974 a 1998.
Aos 60 anos, Ricardo Teixeira chegou à presidência da CBF em janeiro de 1989 após derrotar na eleição a Nabi Abi Chedid, então presidente da Federação Paulista de Futebol.
A gestão de Ricardo Teixeira é marcada por um salto da seleção brasileira nos retrospectos técnicos e pela conquista de títulos importantes. O Brasil acabou com a síndrome de 24 anos sem ganhar a Copa do Mundo. Em 1994 e em 2002, a seleção sagrou-se campeã.
Além de ter chegado à final em 1998. Outro incômodo jejum que terminou foi o de 40 anos sem ganhar a Copa América. Em 1989, no seu primeiro ano como presidente, o Brasil venceu o Uruguai na final. A equipe ainda levantou a taça outras quatro vezes (1997, 1999, 2004 e 2007). Os dois últimos títulos foram em cima da Argentina.
Foram duas Copas do Mundo; cinco Copas América; duas Copas das Confederações; o título do Friendship Cup e da Umbro Cup e a medalha de bronze na Olimpíada de Atlanta. Teixeira não conseguiu a inédita medalha de ouro olímpica, o único título que o futebol brasileiro não tem.
A melhor posição da seleção foi em 1996, quando ficou com o bronze sob o comando de Zagallo.
Sob o comando do dirigente, a seleção brasileira teve dez treinadores nos últimos 19 anos, sendo que dois assumiram de forma interina e dirigiram o time por apenas uma partida: Ernesto Paulo, em 1991, e Candinho, em 2000. Os oito técnicos foram: Sebastião Lazaroni, Paulo Roberto Falcão, Carlos Alberto Parreira,; Zagallo,Vanderlei Luxemburgo, Leão, Felipão e Dunga.
Um de seus orgulhos é a conquista da "tríplice coroa" em 2004, quando o Brasil sagrou-se simultaneamente campeão mundial das três principais competições da Fifa (Copa do Mundo, mundial sub-20 e mundial sub-17).
A administração de Ricardo Teixeira ainda criou a Copa do Brasil, que propicia a clubes de menos expressão, a oportunidade de aparecerem no cenário nacional. Além disso, o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado no sistema de pontos corridos desde 2003, seguindo o modelo das principais competições européias.
Em 2007, com Romário de garoto-propaganda, o Brasil foi escolhido pela Fifa para sediar a Copa de 2014. O Mundial voltará ao país após 64 anos. Este é considerado por Teixeira o maior feito da sua administração. Agora, a missão do dirigente é fazer com que todas as exigências da entidade máxima do futebol sejam cumpridas nos prazos determinados.
Rio de Janeiro, Domingo, 28 de Abril de 2024
Ricardo Teixeira começa seu sexto mandato na CBF
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Publicado Quarta, 13 de Fevereiro de 2008 às 06:10, por: CdB
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