No comunicado, o IDV justifica que o Brasil enfrenta uma preocupante concorrência desleal de produtos que entram por meio das plataformas de e-commerce estrangeiras sem receber tributação e que essa situação é insustentável para a indústria e o comércio brasileiros.
Por Redação - de São Paulo
O Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), associação que reúne cerca de 80 grandes redes como C&A, Riachuelo, Petz, Magalu, Centauro e Boticário, entre outras, divulgou um comunicado nesta quarta-feira em que se posiciona sobre o que chamou de "importação fraudulenta de mercadorias estrangeiras”.
A manifestação ocorre no dia seguinte ao recuo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da intenção de cobrar o imposto de importação para encomendas de até US$ 50, atualmente isentas por força de Lei.
No comunicado, o IDV justifica que o Brasil enfrenta uma preocupante concorrência desleal de produtos que entram por meio das plataformas de e-commerce estrangeiras sem receber tributação e que essa situação é insustentável para a indústria e o comércio brasileiros.
Plataformas
"A compra de produtos sem impostos, de forma ilegal, afeta a economia e o emprego por falta de investimentos e pela concorrência desleal", afirma Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV, no documento.
Para os varejistas, a manutenção da isenção de imposto nas encomendas de valor abaixo de US$ 50, vai exigir esforço maior do governo para combater a pirataria e a sonegação.
"Acabar com a isenção e taxar toda e qualquer encomenda vinda do exterior seria uma forma de o governo arrecadar mais dinheiro e cobrar o que é seu de direito. A não cobrança poderá fazer com que muitas plataformas continuem burlando o Fisco e promovendo uma competição desleal com as varejistas brasileiras, que pagam seus impostos e contribuem para o desenvolvimento do país", resume Jorge Filho.