Reajuste dos contratos de aluguel salta quase 30%

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Publicado Quinta, 18 de Fevereiro de 2021 às 12:28, por: CdB

Segundo projeção da financeira XP Investimentos, a inflação deste ano tende a ficar acima do teto diante da depreciação do real e do aumento dos preços das commodities, passando a ver a alta do IPCA acima do centro da meta oficial. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-M acumula taxa de inflação de 28,64% em 12 meses.

Por Redação - de São Paulo

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou inflação de 2,29% na segunda prévia de fevereiro deste ano. A taxa é inferior à observada na segunda prévia de janeiro (2,37%). Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-M acumula taxa de inflação de 28,64% em 12 meses.

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O reajuste do aluguel, na maioria dos contratos, é calculado com base na variação do IGP-M

A queda foi puxada pelos preços no atacado e no varejo. A inflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, caiu de 3,08% na prévia de janeiro para 2,98% na prévia de fevereiro.

Já a inflação do Índice de Preços ao Consumidor recuou de 0,42% na prévia de janeiro para 0,29% na prévia de fevereiro. Na outra ponta, o Índice Nacional de Custo da Construção teve alta, ao passar de 0,97% em janeiro para 1% em fevereiro.

Centro da meta

Segundo projeção da financeira XP Investimentos, a inflação deste ano tende a ficar acima do teto diante da depreciação do real e do aumento dos preços das commodities, passando a ver a alta do IPCA acima do centro da meta oficial.

De acordo com relatório, a XP agora calcula a alta do IPCA em 3,9% em 2021, de 3,5% antes, acima do centro da meta do governo de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Segundo a XP, o ajuste se deve principalmente a uma revisão nas projeções para os grupos alimentação no domicílio (de 3,6% para 5,0%), serviços (de 2,1% para 2,3%), semiduráveis (de 3,5% para 3,8%) e duráveis (de 3,7% para 4,0%).

— O arrefecimento (da inflação) que esperávamos para o início do ano foi revertido pela taxa de câmbio depreciada e pela alta adicional dos preços das commodities. Este choque soma-se às pressões em bens de consumo duráveis e semi-duráveis observadas desde o ano passado, resultado da alta dos custos de produção e do descompasso entre oferta e demanda no setor — resumiu a XP, em seu relatório.

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