Racismo faz Uefa punir três clubes

A Uefa puniu diversos clubes europeus nesta sexta-feira, incluindo os holandeses FC Utrecht e o PSV Eidhoven, em uma tentativa de acabar com o racismo no futebol. A instituição que comanda o futebol da Europa ordenou que o Utrecht jogue sua próxima partida da Copa da Uefa de portas fechadas, depois da tumultuada derrota por 3 x 1 para o polonês Legia Warsaw, quando torcedores holandeses estenderam uma faixa racista. "É óbvio que isso vai custar uma boa quantia de dinheiro ao clube. Achamos que a multa poderia ser mais alta, mas os 14 mil torcedores foram penalizados pela conduta de poucas pessoas", disse o presidente do clube, Erik Jan Visser, acrescentando que apelaria contra a decisão. O Legia Warsaw também foi multado em 10.110 dólares pelo comportamento provocativo de seus torcedores. O PSV Eidhoven também não escapou e terá que pagar 20.220 dólares pela atuação dos torcedores na derrota por 4 x 0 para o Arsenal no mês passado, em jogo da Copa dos Campeões. Na ocasião, o atacante francês Thierry Henry, do Arsenal, foi atingido por projéteis e ficou sujeito à discriminação racial. Segundo a Uefa, foram usadas imagens de TV como evidência antes da decisão para que não houvessem reclamações. "Os relatórios oficiais não mencionaram esses incidentes e a Agência de Controle e Disciplina da Uefa apontou que o Arsenal não reclamou nem enviou um comunicado com evidências do suposto comportamento racista dos torcedores holandeses", disse a Uefa. O Valencia ficou de fora da lista dos punidos por falta de provas dos incidentes ocorridas na vitória espanhola por 2 x 0 sobre o Liverpool no mês passado. As medidas da Uefa, que fazem parte de um plano de 10 tópicos para acabar com o racismo no futebol, foram apoiadas pela Fifa. "Falamos sobre esse assunto. Colocamos nossas palavras em ação, mas agora acho que é hora de nos esforçarmos ao máximo e liderarmos a luta contra a discriminação no futebol com vigor renovado", disse o presidente da Fifa, Joseph Blatter.