Segundo ministro da Saúde, governo vai recomendar vacinação para a faixa etária de 5 a 11 anos somente mediante prescrição médica e consentimento dos pais. Imunizante da Pfizer foi liberado pela Anvisa na semana passada.
Por Redação, com DW - de Brasília
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo federal vai autorizar a vacinação contra a covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos de idade apenas mediante a apresentação de prescrição médica e termo de consentimento dos pais. – A nossa recomendação é que essa vacina não seja aplicada de forma compulsória. Ou seja, depende da vontade dos pais. E essa vacina estará vinculada a prescrição médica, e a recomendação obedece a todas as orientações da Anvisa – disse Queiroga em entrevista coletiva na quinta-feira. O ministro acrescentou que o Brasil tem condições de começar em breve a vacinação infantil, mas não deu uma data. Ainda segundo ele, crianças com comorbidades são prioritárias. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na semana passada o uso da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos, mas o governo vem adiando o início da vacinação. O presidente Jair Bolsonaro, que diz não ter se vacinado contra a covid-19 e que ao longo da pandemia minimizou a importância dos imunizantes, já se pronunciou diversas vezes contra a vacinação de crianças menores. Ele chegou a ameaçar divulgar os nomes dos técnicos da Anvisa que liberaram a vacina da Pfizer para essa faixa etária. Na noite de quinta-feira, Queiroga confirmou que o contrato com a Pfizer prevê o fornecimento das doses necessárias para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. O ministro disse ainda que o Ministério da Saúde vai submeter a consulta pública um documento com as recomendações para a vacinação de crianças, e que a aprovação desse documento deverá ser feita até 5 de janeiro. Segundo a imprensa brasileira, será a primeira vez que o governo federal publica documentos em consulta pública antes de iniciar a aplicação de doses da vacina contra a covid-19, e isso deve atrasar ainda mais o início da imunização infantil.