Putin nega, mas funcionários da inteligência dos EUA disseram que a Rússia tentou interferir na eleição dos EUA ao usar hackers contra o Partido Democrata
Por Redação, com Reuters - de Nova York, EUA
Hackers norte-americanos poderiam ter plantado provas falsas de que a Rússia interferiu nas eleições presidenciais dos EUA. A denúncia é do presidente Vladimir Putin, segundo a rede norte-americana de TV NBC News, neste sábado.
Funcionários da inteligência dos EUA disseram que a Rússia tentou interferir na eleição dos Estados Unidos ao hackear o Partido Democrata. Assim, teria tentado influenciar o voto a favor de Donald Trump, uma acusação que o Kremlin negou diversas vezes.
Em entrevista ao programa "Sunday Night com Megyn Kelly" da NBC News, em uma prévia divulgada à mídia, Putin disse que hackers nos Estados Unidos poderiam ter feito parecer que a Rússia estava por trás da situação por razões políticas.
Hackers
— Os hackers podem estar em qualquer lugar. Eles podem estar na Rússia, na Ásia, mesmo nos Estados Unidos, na América Latina. Eles podem até ser hackers, a propósito, nos Estados Unidos, que com habilidade e profissionalismo, transferiram a culpa, como dizemos, para a Rússia — afirmou o presidente russo.
Falando no principal Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, Putin disse que as acusações de hackeamento não passaram de "fofocas prejudiciais”. E que qualquer evidência citada pela inteligência dos EUA poderia ter sido facilmente falsificada.
Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, classificou a OTAN como um instrumento de política externa dos EUA onde não há aliados. Existem "apenas vassalos", afirmou. A declaração, desta vez, foi durante uma entrevista ao cineasta norte-americano Oliver Stone.
— Quando um país se torna membro da OTAN, torna-se difícil resistir à pressão de um grande país-líder como os EUA. E lá pode acontecer de tudo: defesa antimíssil, novas bases, e, caso seja exigido, novos complexos de ataque. E nós devemos fazer o que? – questiona o líder russo.
E completa:
– Devemos, portanto, tomar contramedidas, colocar nossos sistemas de mísseis contra aqueles sistemas que, em nossa opinião, começam a nos ameaçar.