Progresso chinês se vale da energia limpa, revela instituto finlandês

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Publicado Quinta, 25 de Janeiro de 2024 às 18:28, por: CdB

A China, segundo o estudo, é o maior emissor mundial de gases de efeito estufa que causam as mudanças climáticas, mas também é o maior produtor de energia solar e eólica.


Por Redação, com Bloomberg - de Helsinque

As plataformas de energia limpa têm sido o maior propulsor do crescimento econômico chinês, ao longo dos últimos 12 meses, com investimentos em infraestrutura de descarbonização equivalentes ao investimento global em combustíveis fósseis. Os dados constam de relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpos (CREA, da sigla em inglês), na capital finlandesa.

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As fazendas solares, na China, ajudam a complementar a geração de energia necessária para sustentar o desenvolvimento do país


A China, segundo o estudo, é o maior emissor mundial de gases de efeito estufa que causam as mudanças climáticas, mas também é o maior produtor de energia solar e eólica. Ao mesmo tempo em que intensificou o uso de energias renováveis, o país aprovou, em 2022, a maior expansão de usinas a carvão desde 2015, anos antes do compromisso do presidente Xi Jinping de atingir o pico de emissões de CO2 entre 2026 e 2030.

O investimento em energia limpa representou 40% do crescimento do PIB chinês no ano passado, segundo  o CREA. "O investimento global chinês cresceu cerca de 1,5 trilhão de yuans (cerca de R$ 1,05 trilhão) em 2023, e a análise mostra que a energia limpa responde por toda essa expansão, enquanto o investimento em outros setores, como propriedades, diminuiu", acrescenta o relatório.

 

Investimento


Os pesquisadores examinaram, ainda, os investimentos em energia solar, veículos elétricos, eficiência energética, ferrovias, armazenamento de energia, redes elétricas e energia eólica, nuclear e hídrica. Esses setores receberam US$ 890 bilhões (R$ 4,4 trilhões) em investimentos em 2023, quase o equivalente ao investimento global em combustíveis fósseis, indicou o CREA.

"Sem o crescimento nos setores de energia limpa, o PIB da China não teria atingido a meta governamental de 'cerca de 5%', com um crescimento de apenas 3% em vez de 5,2%. A dependência da China dos setores de energia limpa para impulsionar o crescimento e alcançar metas econômicas-chave reforça sua importância econômica e política”, resumiu o relatório.

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