Procurador do ES denuncia tesoureiro de campanha de José Ignácio

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Publicado Sábado, 03 de Maio de 2003 às 12:03, por: CdB

O novo procurador da República no Estado, Alexandre Espinosa, denunciou, por sonegação de impostos, o colaborador de campanha do ex-governador José Ignácio. O tesoureiro da campanha eleitoral do ex-governador José Ignácio Ferreira (sem partido) Raimundo Benedito de Souza Filho, o Bené, que foi preso e indiciado pelo desvio de verbas públicas junto com o cunhado do ex-governador Gentil Antônio Ruy foi denunciado por sonegação fiscal de R$ 2 milhões. Bené, junto com Gentil Ruy já respondem a dois processos na Justiça comum pelo desvio de R$ 5 milhões em ICMS provenientes de benefícios da Lei Kandir e de outros R$ 5 milhões do Fundef. Ambos estiveram presos por mais de cem dias, no ano passado e agora aguardam as sentenças em liberdade. Os processos tramitam nas 7ª e 8ª Vara Criminal de Vitória. A denuncia foi apresentada pelo novo procurador geral da República no Estado Alexandre Spinosa Bravo Barbosa que ocupa o cargo desde a última sexta-feira (2) em substituição ao procurador Henrique Geoquinto Herkenhoff que ainda se encontra em férias. O procurador Spinosa respondia pela procuradoria do Tribunal Regional Eleitoral e tem papel marcante nas ações de combate ao crime organizado no Espírito Santo. Ele foi o responsável pela cassação do mandato do ex-deputado José Carlos Gratz, que havia sido reeleito para a atual legislatura e que se encontra preso desde 28 de fevereiro na carceragem da Polícia Federal em Vila Velha, região metropolitana de Vitória. Ele também está na linha de frente das investigações das empresas fantasmas constituídas para fraudas licitações nas prefeituras da região sudeste. A denúncia já foi encaminhada para a Justiça Federal. Coincidentemente o valor de R$ 13 milhões movimentados por Bené é R$ 700 mil superior aos R$ 12.700.000,00 referentes a "três dos rombos" feitos nas finanças estaduais durante a administração do ex-governado José Ignácio. Um deles é referente ao desvio de R$ 5 milhões da conta do Fundef (Fundo de Educação) no banco do Brasil e feito através da secretaria estadual de Educação. Os R$ 7,3 milhões são referentes a duas operações ilegais realizadas durante a liberação de créditos do ICMS originários da Lei Kandir. Todo esse dinheiro desapareceu nos ralos da Cooperativa de Crédito Mutuo dos Trabalhadores nas Escolas Técnicas Federais do Estado (Coopetfes) responsável por um rombo de mais de R$ 25 milhões no Estado.

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