Presidente do BC diz que autoridade intervém no dólar sempre que precisar

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Publicado Quarta, 02 de Setembro de 2020 às 16:14, por: CdB

Ao participar virtualmente de evento promovido pela rede de TV Bloomberg, ele lembrou que, em algum momento no caminho do dólar para o patamar de R$ 6, houve a avaliação interna de que o câmbio estava descolado. O Banco Central (BC) iria intervir mais pesadamente e se preparou para tanto, mas a moeda norte-americana começou a se estabilizar e voltar em direção aos R$ 5.

Por Redação, com ACSs e Reuters - de Brasília
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira que a autoridade monetária não trabalha com nível de preço para o câmbio e que poderá intervir “pesadamente” caso ache necessário.
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Presidente do Banco Central, Campos Neto também preside o Conselho de Política Monetária (Copom), que regula a taxa de juros oficial do país (Selic)
Ao participar virtualmente de evento promovido pela Bloomberg, ele lembrou que, em algum momento no caminho do dólar para o patamar de R$ 6, houve a avaliação interna de que o câmbio estava descolado. O BC iria intervir mais pesadamente e se preparou para tanto, mas a moeda norte-americana começou a se estabilizar e voltar em direção aos R$ 5. Segundo Campos Neto, se os mesmos problemas de disfuncionalidade identificados no passado forem novamente vistos, o BC estará pronto para agir “pesadamente”.

Otimista

Sobre a volatilidade cambial, ele reiterou visão já externada de que o BC não dispõe de instrumento válido para lutar contra o movimento. O BC segue estudando os fatores que estão provocando a volatilidade, completou ele, citando a realização de mais contratos pequenos e o uso do real como hedge. Campos Neto afirmou, ainda, que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano deverá ficar por volta de 5% , seguida por um crescimento de 4% em 2021. Ao participar virtualmente de evento promovido pela Bloomberg, ele também destacou ver pouco ou nenhum espaço para corte da Selic, após o BC ter reduzido a taxa básica de juros em 0,25 ponto em agosto, ao patamar atual de 2% ao ano.

Mercado

Sobre a atividade, Campos Neto disse que a retomada está ocorrendo em V, mas que deve haver desaceleração à frente. Ele afirmou que o desempenho do PIB no terceiro trimestre deverá ser positivo, sendo que a dúvida é quanto à expansão no quarto trimestre, se irá crescer mais ou desacelerar. O BC, ressaltou ele, tende a achar que os últimos três meses do ano serão melhores do que o previsto pelo mercado.
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