Presidente da Funai é expulso de evento indígena na Espanha

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Publicado Quinta, 21 de Julho de 2022 às 09:56, por: CdB

O episódio aconteceu na 15ª Assembleia Geral da FILAC, o Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e Caribe. Homem chamou Xavier de "bandido" e "miliciano" e o acusou de ser responsável por mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips.

Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília/Madri

O presidente da Funai, Marcelo Xavier, foi expulso a gritos de um evento em Madri, na Espanha, que debatia a questão indígena. Xavier estava sentado em um auditório e, após um palestrante encerrar a fala, um homem foi até a frente do palco e demandou que ele deixasse o local.
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Episódio ocorreu durante a XV Assembleia Geral da FILAC, o Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e Caribe
– Marcelo Xavier é inimigo de vocês (indígenas) – gritou o homem, apontando para Xavier. "Esse homem é um miliciano. É amigo de um governo golpista que está ameaçando a democracia no Brasil. Esse homem não pertence aqui", prosseguiu. [embed]https://twitter.com/GeorgMarques/status/1550083755754373120?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1550083755754373120%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.brasildefato.com.br%2F2022%2F07%2F21%2Fpresidente-da-funai-e-expulso-a-gritos-de-evento-indigena-na-espanha-assista[/embed] O episódio aconteceu na 15ª Assembleia Geral da FILAC, o Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e Caribe. Xavier foi chamada ainda de "bandido" e "assassino". – Esse homem é responsável pela morte de Bruno Pereira. Esse homem é responsável pela morte de Phillips – continuou o homem. Constrangido, Xavier se retirou do auditório sem rebater as acusações, escoltado por seguranças.

Vale do Javari

O homem que expulsou o presidente da Funai é Ricardo Rao, ex-funcionário da Funai. Ele foi colega do indigenista Bruno Pereira, assassinado no Vale do Javari. Ao site Amazônia Real, Rao afirmou que deixou o Brasil em 2019 após colecionar ameaçar de morte por fazer o trabalho de fiscalização semelhante ao de Pereira. – Desde o Bruno, eu não durmo direito. É uma culpa muito grande. Um cara gente fina, um rondoniano clássico, um exemplo pra nós – afirmou o indigenista ao Amazônia Real. Procurada pela reportagem, a Funai não emitiu posicionamento.  
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