Os membros do PPS que declararam publicamente seu apoio à candidatura da prefeita Marta Suplicy (PT) terão 15 dias para se defender da acusação de violação ao estatuto do partido.
Os acusados são o deputado federal João Herrmann (SP), a senadora Patrícia Saboya Gomes (CE) e os dirigentes municipais e candidatos a vereador Erledes Silveira e Henrique Rato Resende.
Nesta terça-feira, a Comissão de Ética do partido enviou aos dissidentes nota informando-os sobre o prazo para defesa.
A eleição em São Paulo dividiu o PPS. A direção nacional, comandada pelo presidente do partido, deputado Roberto Freire (PE), decidiu apoiar oficialmente o candidato José Serra (PSDB).
Parte das lideranças municipais, porém, tendo à frente João Herrmann, optou por juntar-se a Marta.
Em julho, os quatro dissidentes organizaram um ato público de apoio à prefeita.
Como primeira consequência, Herrmann e Patrícia tiveram suspenso o direito de participar e votar nas reuniões partidárias.
Mas o caso foi enviado à Comissão de Ética, onde agora os acusados deverão apresentar suas explicações.
As punições previstas no estatuto do partido para esse tipo de insubordinação vão de advertência à expulsão.